Vivem-se dias agitados em França. O novo Governo de Michele Barnier pode mesmo enfrentar uma moção de censura, até ao Natal, que promete juntar os partidos de Esquerda e o de Marine Le Pen.
Agricultores em protesto, comboios em greve e administração pública reclamam dos “cortes” nos salários.
França está à beira da 36.ª moção de censura dos dois mandatos de cinco anos de Emmanuel Macron.
O Governo de Michele Barnier – nomeado em setembro pelo presidente francês – pode não chegar ao Natal.
Marine Le Pen mudou de posição e ameaçou votar ao lado da Esquerda, numa nova moção de censura.
“Não vamos aceitar que o poder de compra dos franceses seja ainda mais diminuído. Esta é uma linha vermelha e, se não for ultrapassada, que não haja dúvidas que não teremos problema nenhum em votar a favor da moção de censura“, garantiu a líder do Rassemblement National (RN), citada pela Antena 1.
Uma sondagem recente revelou que a maioria dos franceses está descontente com o Governo atual. 51% dão “cartão vermelho” a Michele Barnier, nomeado em setembro por Emmanuel Macron para liderar o novo executivo.
No início de outubro e a pouco mais de uma mês da nomeação, o Governo sobreviveu à primeira moção de censura, graças a Le Pen.
Mas agora, com o descontentamento dos franceses a agravar-se, o cenário pode ser bem diferente e a extrema-direita pode mesmo juntar-se à pela coligação de esquerda Nova Frente Popular (NFP) para fazer cair o executivo.