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França vai testar 1,3 milhões de pessoas na região de Paris para detetar focos invisíveis

Nicolas Lannuzel / wkimedia

A Torre Eiffel em 2011

O Governo francês anunciou que vai fazer testes sistemáticos, voluntários e gratuitos à população em zonas consideradas de risco para identificar focos latentes de covid-19, incluindo 1,3 milhões de pessoas na região de Paris.

A expansão do programa de testes ao novo coronavírus foi anunciada esta quinta-feira pelo ministro da Saúde, Olivier Veran, numa entrevista ao diário Le Monde, que precisou que as autoridades vão enviar vales que podem ser trocados por testes num laboratório à escolha.

O objetivo é identificar focos latentes, ou seja, concentrações invisíveis de pessoas assintomáticas”, disse Veran ao jornal francês.

A primeira fase será na região parisiense, onde cerca de 1,3 milhões de pessoas de 30 municípios da Île-de-France vão ser testadas, estendendo-se depois a outras zonas do país, em função da resposta dos cidadãos.

O ministro disse ainda que França está a preparar-se para uma segunda vaga de infeções de covid-19, reforçando a reserva de medicamentos de reanimação e a capacidade das unidades de cuidados intensivos.

No pico da pandemia, em abril, França chegou a ter 70.000 pessoas em cuidados intensivos, número que desceu para os atuais 700 doentes em tratamento intensivo.

Tudo faremos para evitar ter de voltar a confinar o território”, disse o ministro, admitindo impor novas restrições em determinadas zonas ou voltar a decretar o estado de emergência, previsto terminar a 11 de julho.

104 dias depois, Torre Eiffel reabre parcialmente

A Torre Eiffel, um símbolo de Paris mundialmente famoso, reabriu esta quinta-feira aos turistas pouco antes das 10:00 (9:00 em Lisboa), após 104 dias de encerramento devido à pandemia do novo coronavírus (covid-19).

Segundo a agência de notícias AFP, cinquenta turistas subiram as escadas da torre até ao segundo andar (em três), por ocasião da reabertura parcial, que contou com a presença de uma multidão de jornalistas de todo o mundo.

“É muito especial estar aqui para a reabertura da Torre Eiffel”, disse Manuel Mehl, um turista alemão de 42 anos, de Pfaffenhofen, no sul da Alemanha, que visitou a torre com a sua mulher. “Estou um pouco triste que o topo da torre não esteja aberto, mas vai ficar tudo bem, temos de subir as escadas”, declarou Chintsanya, enquanto uma banda brasileira tocava no pátio para receber os visitantes.

“Existem 700 degraus até ao segundo andar, é preciso ser atlético”, explicou Yacine Gueblaoui, líder da equipa da Torre Eiffel.

O monumento, o mais visitado do mundo, encerrou ao público devido à pandemia de coronavírus em 13 de março, embora tenha aproveitado o seu simbolismo para se juntar às demonstrações de solidariedade para com o pessoal de saúde e as vítimas do vírus.

A reabertura ocorrerá com rigorosas “medidas de segurança” para preservar a saúde dos visitantes e trabalhadores do monumento.

Para entrar no monumento, recomenda-se a compra de ingressos online, o uso de máscaras será obrigatório e uma sinalização será exibida em todo o monumento para administrar a ordem dos visitantes, cujo número será limitado tanto nos pisos quanto na entrada da torre, onde haverá uma desinfeção diária dos espaços públicos.

Inicialmente, o acesso será feito exclusivamente por escadas e até ao segundo andar, com a entrada na ala leste e a saída na ala oeste para minimizar o contacto entre os visitantes.

Desde o início da pandemia, França registou 29.731 mortes associadas à covid-19, cerca de dois terços das quais ocorreram em hospitais e um terço em residências de idosos. Em termos de infeções por coronavírus, o país identificou até agora 161.348 casos.

ZAP // Lusa

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