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Sismo sacode a capital do México e faz mais de 200 mortos

Um terramoto de 7,1 graus de magnitude na escala aberta de Richter sacudiu fortemente esta terça-feira a capital mexicana e causou cenas de pânico, precisamente no dia em que se completam 32 anos do forte sismo que em 1985 deixou milhares de mortos na Cidade do México.

O Serviço Sismológico Nacional (SSN) indicou através do Twitter que o tremor de terra desta terça-feira foi de 7,1 graus na escala de Richter, ao fazer uma atualização do seu primeiro boletim, no qual tinha fixado a magnitude em 6,8.

O epicentro do sismo, registado às 13h14, foi localizado a 12 quilómetros a sudeste de Axochiapan, no estado de Morelos, a uma profundidade de 57 quilómetros.

O sismo, que ocorreu apenas duas horas depois de a população ter saído às ruas em todo o país numa simulação para lembrar o terramoto de 1985, provocou numerosas cenas de pânico na capital do país, e cortes no fornecimento da eletricidade e telecomunicações. Apesar de as sirenes terem soado quando se sentiu o primeiro abalo, muitos habitantes acharam que tudo fazia parte desse exercício, o que poderá ter contribuído para o elevado número de vítimas.

“Estou chocada, não consigo parar de chorar, é o mesmo pesadelo que em 1985“, disse Georgina Sanchez, de 52 anos, numa praça da Cidade do México, revivendo este episódio da história do país.

Outra mulher, Lucia Solis, também invocava o abalo registado há 32 anos: “Não é possível que seja outro 19 de setembro”, disse, com as mãos a tremer.

O sismo levou ao colapso dezenas de edifícios na cidade, provocando fugas de gás nas ruas e um forte odor a gás que afetou os cidadãos que se apressaram a ajudar as equipas de resgate, com cordas, roupas e água.

Dada a dimensão da catástrofe, o governo mexicano ordenou aos hospitais públicos e privados para receberem os feridos e serviços de transporte públicos grátis.

O fenómeno deixou um rasto de mais de 220 mortos, incluindo pelo menos 21 crianças que se encontravam na escola e não resistiram ao forte abalo que levou às ruínas da escola. As buscas para encontrar 30 desaparecidos continuam.

Javier Trevino, subsecretário da Educação, disse à estação de televisão Televisa, na escola primária Enrique Rebsamen, ter “um balanço de 25 mortos: 21 crianças e quatro adultos”.

O terramoto desta terça-feira foi sentido com mais força na Cidade do México que o registado a 7 de setembro, de magnitude de 8,2 na escala Richter, dado que o epicentro foi mais próximo.

O sismo do último dia 7 de setembro, o mais poderoso desde 1932 no país, fez 98 mortos no sul do país, 78 em Oaxaca, 16 em Chiapas e 4 em Tabasco.

// EFE

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