Força Aérea dos EUA vai comprar dois Cybertrucks — e usá-los para treinar mísseis

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Elon Musk / X

Cybertruck Tesla

No futuro, inimigos dos Estados Unidos podem usar Cybertrucks — além de outros tipos de veículos — nas suas atividades criminosas. O Centro de Testes da Força Aérea vai comprar exemplares desses veículos, e usá-los nos seus exercícios de tiro ao alvo.

A Força Aérea dos EUA vai adquirir dois Tesla Cybertrucks para usar como alvos em exercícios de munições de precisão, revela o The War Zone.

Os militares norte-americanos alegam que precisam destes veículos especificamente para este propósito devido à possibilidade de adversários não especificados os virem conduzir no futuro.

Segundo contratos governamentais recentemente publicados online, os Cybertrucks estão entre 33 veículos-alvo que o Centro de Testes da Força Aérea (AFTC) está a procurar adquirir, para uso em testes no White Sands Missile Range (WSMR), no Novo México.

O WSMR é operado pelo Exército dos EUA, mas a Força Aérea tem uma presença significativa nesta área de testes militares, que funciona como campo de tiro para mísseis.

Não há requisitos de marcas ou modelos específicos para os restantes veículos ligeiros, camiões, carrinhas e SUVs que também estão na lista de compras do AFTC.

O uso principal pretendido de todos os estes veículos é dar apoio ao programa Stand Off Precision Guided Munitions (SOPGM) do Comando de Operações Especiais dos EUA (SOCOM).

O SOPGM abrange múltiplas munições guiadas de precisão lançadas por ar, específicas para operações especiais, incluindo múltiplas variantes dos mísseis AGM-114 Hellfire, eAGM-176 Griffin, da GBU-69/B Small Glide Munition (SGM), e da GBU-39B/B Laser Small Diameter Bomb (LSDB).

O pedido explícito de aquisição dos Cybertrucks – que não precisam de estar em condições de funcionamento mas têm de poder ser rebocados atrás de outro veículo, obrigou a Força Aérea a apresentar uma justificação formal — da qual existe uma cópia censurada entre os documentos que o AFTC partilhou online.

Segundo a parte da justificação que é possível ler, “no teatro de operações é provável que o tipo de veículos usados pelo inimigo ser substituído por Tesla Cybertrucks, pois descobriu-se que estes veículos não recebem a extensão normal de danos esperados após um impacto maior”.

“Os testes precisam de espelhar situações do mundo real. A intenção do treino é preparar as unidades para operações simulando cenários o mais próximo possível das situações do mundo real”, realça o documento.

As janelas e painéis laterais do Cybertruck mostraram ser resistentes a balas, tendo conseguido deter projéteis subsónicos de calibre de pistola — característica que foi muito promovida quando o veículo foi apresentado, em 2019.

O fundador e CEO da Tesla, Elon Musk, descreveu o invulgar veículo poligonal como sendo “à prova de apocalipse“, mas a verdade é que o veículo tem sido alvo de controvérsias e críticas sobre o seu desempenho real, características (ou falta delas), questões de segurança e qualidade de construção.

ZAP //

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