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Força Aérea da Nigéria bombardeia civis por engano e faz mais de 100 mortos

andryn2006 / Flickr

A cidade de Jos, na Nigéria

A cidade de Jos, na Nigéria

A Força Aérea da Nigéria confirmou ter bombardeado esta terça-feira, “acidentalmente”, um campo de refugiados, uma centena de civis e trabalhadores humanitários, matando e ferindo um número indeterminado.

O bombardeamento aconteceu em Rann, no estado de Borno, no nordeste do país, perto da fronteira com os Camarões. Um responsável local, que pediu o anonimato à agência AP, contabilizou em uma centena o número de mortos no incidente, já confirmado, oficialmente, pelo general Lucky Irabor.

Porém, o responsável pelas operações contra o grupo extremista Boko Haram no nordeste da Nigéria disse apenas que terão morrido “alguns” civis e que terão ficado feridos trabalhadores humanitários, incluindo nigerianos que trabalham para os Médicos Sem Fronteiras e o Comité Internacional da Cruz Vermelha, e dois soldados.

Segundo disseram à agência AFP um funcionário dos Médicos Sem Fronteiras e um habitante local, terão morrido dezenas de pessoas quando o avião bombardeou um campo que acolhe pessoas que ficaram sem casa na sequência da perseguição do Boko Haram.

As mesmas fontes indicaram que o bombardeamento foi acidental e acrescentaram que “pelo menos 25 pessoas foram mortas e muitas mais foram feridas”. Os Médicos Sem Fronteiras falam em “120 feridos e 50 mortos” entre o seu pessoal.

O comandante Lucky Irabor adiantou ter dado ordens para a missão baseando-se em informação de que os insurgentes do Boko Haram estariam na zona, referida por coordenadas geográficas. Segundo o militar, ainda é cedo para determinar se houve erro técnico, mas haverá uma investigação ao incidente.

O grupo Boko Haram quer instaurar um califado no norte da Nigéria, uma região que é maioritariamente muçulmana, ao contrário do sul, de maioria cristã.

Os ataques grupo terrorista surgido na Nigéria mataram mais de 20 mil pessoas nos últimos sete anos, tendo criado 2,6 milhões de refugiados e instaurado uma grave crise humanitária.

// Lusa

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