Finlândia e Suécia não desistem da sua intenção de aderir à NATO. Moscovo avisa que a situação pode tornar-se um “espaço de confronto”.
A porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros russo, Maria Zakharova, insistiu esta terça-feira que “se a Finlândia e a Suécia aderirem à aliança, transformar-se-ão num espaço de confronto entre a NATO e a Rússia com todas as consequências que isso possa implicar”.
“É mesmo isso que os povos da Suécia e da Finlândia querem?”, perguntou Zakharova. A porta-voz defende que a adesão dos dois países poderá “desequilibrar o sistema de segurança europeu”.
A guerra na Rússia tem aproximado a Suécia e a Finlândia da NATO, especialmente depois das ameaças do Kremlin.
Mas a adesão à aliança atlântica pode não ser tão fácil como parecia inicialmente devido a um braço de ferro interno na Croácia que pode vir a pôr em causa todo o processo, já que a adesão tem de ser aprovada por unanimidade por todos os estados-membros.
O Presidente croata, Zoran Milanovi, afirmou no início desta semana que nenhum político no país vai aprovar a entrada dos dois países nórdicos na aliança antes do Ocidente apoiar os vizinhos na Bósnia e quem desafiar esta ordem arrisca-se a ser considerado um traidor.
Os comentários do chefe de Estado foram desafiados publicamente pelo primeiro-ministro Andrej Plenkovic. A relação entre Milanovic e Plenkovic já é azeda há muito e o chefe do Governo acusou o Presidente de estar a servir os interesses da Rússia.
Pouco depois do início da invasão à Ucrânia, o ministério dos Negócios Estrangeiros russo ameaçou a Finlândia e a Suécia com “sérias repercussões políticas e militares” se decidissem aderir à organização militar.
“É evidente que a adesão da Finlândia e da Suécia à NATO, que é um bloqueio militar, teria graves consequências militares e políticas que obrigariam a que o nosso país tomasse medidas recíprocas”, sublinhou, na altura, Maria Zakharova.
Jens Stoltenberg, secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte, referiu na passada quarta-feira que a “eventual adesão da Finlândia e Suécia à NATO pode ser muito rápida”, uma vez que os dois países mantêm uma proximidade com a Aliança Atlântica já há muito tempo. Stoltenberg prometeu que ambos os países seriam recebidos “de braços abertos”.
Em vez de NATO, em Portugal (e na Língua Portuguesa) tem que se usar OTAN, porque estas são as iniciais de: “Organização do Tratado do Atlântico Norte”.
NATO corresponde à designação em inglês.
Esses estão fartos de estarem bem. Precisam agora de se meterem em conflitos!