Financiamento da campanha do PSD Madeira em 2023 investigado. Há 8 detidos

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A operação investiga suspeitas de contratos fraudulentos que terão sido usados como contrapartida por favores feitos ao PSD durante a campanha de 2023.

A Polícia Judiciária (PJ) realizou uma série de detenções na Madeira no âmbito da operação ‘Ab Initio’, centrada em alegações de financiamento partidário ilegal e outros crimes.

Entre os detidos estão um ex-secretário regional da Agricultura, o presidente da Câmara da Calheta, Carlos Teles, quatro altos quadros públicos e dois empresários. A operação, que ocorreu nesta terça-feira, visa investigar suspeitas de adjudicações fraudulentas relacionadas com o financiamento da campanha eleitoral do PSD nas eleições regionais de setembro de 2023.

As suspeitas principais recaem sobre contratos adjudicados à empresa Dupla DP, dos empresários Humberto Drumond e Miguel Nóbrega, ambos detidos. Estes contratos são suspeitos de terem sido uma contrapartida por trabalhos realizados para o PSD durante a campanha eleitoral, explica o Correio da Manhã.

A investigação da PJ envolve 25 concursos públicos, nos quais existem indícios de manipulação de procedimentos e de inflação de custos para cobrir dívidas da campanha eleitoral do PSD.

Entre os alvos de buscas estão dois homens próximos de Miguel Albuquerque: José Prada, secretário-geral do PSD/Madeira, e Miguel Silva, responsável financeiro do partido. A Procuradoria-Geral da República, através do Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Lisboa, está a acompanhar o caso de perto.

Os detidos serão apresentados ao juiz de instrução criminal na Madeira, nesta quarta-feira, para o primeiro interrogatório e aplicação de eventuais medidas de coação.

Este caso surge no seguimento de uma outra operação realizada em janeiro deste ano, que levou à detenção de Pedro Calado, ex-autarca do Funchal, e de dois empresários, Avelino Farinha e Custódio Correia. Apesar da libertação destes últimos após 21 dias de detenção, o Ministério Público contestou a decisão e aguarda-se uma decisão do Tribunal da Relação de Lisboa sobre a aplicação de medidas de coação mais graves.

ZAP //

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