Radares de velocidade média confundem condutores. Não há sinal de fim de zona controlada

Retinafunk / Wikimedia

Ponte Vasco da Gama

Vê-se um sinal de zona controlada… mas começa e acaba exactamente onde? ANSR não responde mas há três “truques”.

Os radares de velocidade média, uma novidade por cá, já chegaram às estradas portuguesas no ano passado. Mas ainda deixam condutores confusos.

Há 25 radares desse género em todo o país. Dois deles estão – desde Junho deste ano – na mesma ponte, a Ponte Vasco da Gama. São controlados pela Guarda Nacional Republicana (GNR).

“Servem para uma maior garantia do cumprimento da velocidade em extensões maiores do troço rodoviário. Por vezes, os locais onde existem acidentes não se concentram num único sítio; são ao longo de um determinado traçado”, começa por lembrar Pedro Ares, tenente-coronel da GNR.

O responsável disse à Revista ACP que os radares controlaram 7 milhões de veículos, só entre Junho e Outubro deste ano, com 787 autos de contra-ordenação de excesso de velocidade.

E o “objectivo foi plenamente conseguido”: menos acidentes e sobretudo menos acidentes graves – a grande maioria dos acidentes agora só regista danos nas viaturas, sem feridos ou mortos.

Os radares também baixaram a velocidade média (que agora é de 100 km/h), numa ponte que tem zonas em que o limite máximo de velocidade é precisamente 100 km/h e outras zonas cujo limite máximo de velocidade é 120 km/h.

Os outros 23 cinemómetros, radares de velocidade média, estão inseridos no SINCRO, o Sistema Nacional de Controlo de Velocidade, da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR).

Ao contrário dos radares tradicionais, estes cinemómetros não medem a velocidade instantânea dos veículos: calculam se os condutores percorreram dois pontos de um trajecto mais depressa do que o permitido.

Mas ainda há muitos condutores a quem estes aparelhos suscitam dúvidas, sobretudo por causa do fim de zona controlada.

O sinal H42 indica que vai começar (umas dezenas de metros depois) uma zona com radar de velocidade média – mas não há mais nenhum sinal. Ou seja, onde acaba?

Quando foram colocados os sinais, “não foi prevista a colocação de um sinal de fim de zona controlada“, responde Pedro Ares.

O tenente-coronel da GNR indica que essa pergunta deve ser feita à ANSR – que não respondeu às perguntas do ACP.

No entanto, há três truques: na estrada em causa, olhar para cima e ver onde estão as (pequenas) câmaras de início e fim de controlo de velocidade; consultar o site Radares à vista, da própria ANSR; e espreitar o Waze, a aplicação de navegação que identifica o limite de velocidade e os pontos de início e fim do percurso controlado.

ZAP //

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