A gigante europeia Airbus anunciou esta quinta-feira que vai deixar de fabricar o avião A380 em 2021, depois do seu principal cliente, a Emirates, ter alterado parte da sua encomenda pelos modelos A330-900 e A350-900.
A Emirates, que, de acordo com as encomendas até agora deveria ter recebido um total de 162 A380, vai comprar apenas 123, tendo assinado um novo contrato com a Airbus para adquirir 40 A330-900 e 30 A350-900.
Em comunicado, o CEO da Airbus, Tom Enders, explicou que como resultado dessa decisão, não existe “uma carteira de pedidos substancial do A380 e, portanto, não há base para apoiar a produção do A380, apesar de de todos os esforços de vendas” realizadas com outras companhias aéreas nos últimos anos.
“Isso leva-nos a finalizar as entregas do A380 em 2021”, concluiu Enders.
Apesar de a empresa ter posto fim à produção, as aeronaves não deixarão de voar num futuro próximo, adianta o jornal Público, que dá conta que a vida útil dos aparelhos atualmente em vigor pode ser prolongada durante algumas décadas. A empresa vai continuar a oferecer assistência técnica às companhias aéreas.
Em causa poderão ficar 3500 empregos na Europa, admitiu a empresa, que vai iniciar de imediato conservações com os sindicatos do setor.
Para além da Emirates, são principais clientes do A380 a Singapore Airlines, a Lufthansa, a British Airways e a Qantas. Em Portugal, a HiFly detém um superjumbo da Airbus.
O A380, que possuiu dois andares e capacidade para 544 passageiros, foi projetado para competir com o Boeing 747, mas acabou por não ser um sucesso de vendas, uma vez que as companhias aéreas apostam cada vez mais em modelos de menores dimensões.
ZAP // Lusa