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Aos 3 anos acusou o pai de matar a mãe e ninguém acreditou. 21 anos depois, encontrou as provas

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(dr) Bonnie Pasciuto Haim / Facebook

Em dezembro de 2014, Aaron Fraser converteu-se no proprietário da casa onde viveu até aos 4 anos em Jacksonville, na Florida.

Decidiu renovar a casa, começando pela zona da piscina. Depois de partir um bloco de cimento encontrou um saco com ossos e restos mortais humanos, que acabou por se comprovar que pertenciam a Bonnie Haim – a sua mãe.

A descoberta de Aaron foi a peça-chave para um mistério familiar que começou em janeiro de 1993 com o desaparecimento de Bonnie. Anos depois, o mistério pode ser finalmente resolvido com o início do julgamento de Michael Haim, o pai de Aaron, acusado de homicídio, escreve a ABC.

Michael e Bonnie Haim trabalharam juntos numa empresa de fornecimento para construção. Como refere o The Washington Post, o relacionamento dos dois estava num ponto de rutura.

Em 7 de janeiro de 1993, Bonnie, de 23 anos, não apareceu ao trabalho. O marido diria mais tarde que os dois tiveram uma discussão na noite anterior e que ela terá deixado a casa sozinha por volta das 23h00.

No dia em que desapareceu, um funcionário do hotel perto do Aeroporto Internacional de Jacksonville descobriu a carteira de Bonnie num caixote do lixo.

A polícia também descobriu o carro num estacionamento do aeroporto, o que levantou suspeitas sobre a posição “incomum” do banco do motorista, que parecia estar mais demasiado para trás para o tamanho de Bonnie. Para tornar as suspeitas mais evidentes: foi detetada uma pegada de um sapato de homem no tapete do carro

No entanto, o que levantou as suspeitas em torno de Michael foram algumas palavras de Aaron, com três anos de idade na época: “O pai magoou-a”, disse ele a um funcionário de serviços de proteção à criança. No entanto, nenhum membro de sua família, nem mesmo os pais da sua mãe, acreditavam nessa versão, pensado que ele tinha sofrido uma “lavagem cerebral” para culpar o pai.

Aaron foi adotado por outra família, os Frasers, passando a utilizar o seu apelido. No início de 2000, apresentou uma queixa de morte por negligência contra o pai, apesar de os  restos de Bonnie não terem sido encontrados.

Os restos encontrados na renovação de 2014 tornaram-se evidências que levariam à prisão do pai, que foi oficialmente acusado em agosto de 2015 pelo assassinato da esposa. Na segunda-feira, 8 de abril, começou o julgamento pelo assassinato de Michael Haim, que sempre afirmou que não tinha nada a ver com a morte da esposa.

A acusação diz que o cadáver era a peça que faltava e que o motivo do crime foi o facto de Bonnie querer sair de casa e levar com ela o filho. Como prova, foi encontrada junto ao corpo uma cápsula de uma bala de calibre .22, idêntico ao da arma de que o então marido era detentor. Para além disso, Michael alugava a casa de família na condição de que não fosse feita qualquer obra no quintal nem deixados cães no espaço.

Aaron é esperado para testemunhar no julgamento, o que poderia ser um fator-chave no caso. A irmã da vítima, Liz Mahoney, confessou ao El Mundo que este processo significa ”fechar o último capítulo da vida de Bonnie” e que, por isso, vai ser um momento doloroso.

ZAP //

1 Comment

  1. Dificilmente haverá crime perfeito e ainda bem que este acabou por ser esclarecido e confirmar a afirmação da criancinha na altura com três anos apenas.

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