A “Filha do Diabo” condenada por assassínio aos 12 anos está prestes a ser libertada

(dr)

Sharon Louise Carr

A mais jovem condenada por assassínio no Reino Unido poderá sair brevemente da prisão, 30 anos depois de ter esfaqueado uma mulher até à morte, quando tinha apenas 12 anos.

Em 1997, a que é a mais jovem condenada por assassínio no Reino Unido matou uma estranha com 32 facadas num ataque não provocado.

Agora com 42 anos, Sharon Louise Carr foi condenada há quase três décadas a prisão perpétua, com uma pena mínima de 14 anos.

Segundo o Daily Mail, Carr poderá ser libertada nos próximos dias.

Também conhecida como “a filha do diabo”, Sharon Carr tinha 12 anos quando matou Katie Rackliff, de 18 anos, em junho de 1992, que voltava a pé para casa depois de uma noite de festa.

O assassinato ficou por resolver durante dois anos, até que Carr, que se encontrava detida numa instituição para jovens delinquentes depois de ter atacado uma estudante da sua escola, se gabou do assassinato de Rackliff.

Quem me dera poder matar-te outra vez. Prometo que te faria sofrer mais. Os teus gritos de terror excitaram-me”, escreveu Carr.

(dr)

Katie Rackliff foi assassinada, aos 18 anos, quando voltava para casa de uma festa

Os crimes de Carr foram aterradores e houve sinais na prisão de que ela ainda é um perigo. Esteve em isolamento. Ninguém vai querer vê-la libertada“, disse uma fonte familiarizada com o assunto ao jornal britânico The Mirror.

Comportamento imprevisível e muito perigoso

Durante o julgamento de Sharon Carr, as autoridades revelaram excertos chocantes do diário que a “Filha do Diabo” mantinha na altura em que matou Rackliff, no qual expressa o desejo de cometer os crimes e o prazer que isso lhe trazia.

Nasci para ser uma assassina. Matar para mim é uma excitação máxima e eleva-me tanto que nunca quero descer. Todas as noites vejo o diabo nos meus sonhos, às vezes até ao espelho, mas apercebo-me de que sou apenas eu”, escreveu.

Durante a sentença, Carr foi descrita como “extremamente perigosa“. Depois da sua prisão, o psicólogo criminal Gordon Tressler classificou o caso como difícil de entender, já que envolvia uma menor que matava um adulto.

“Ela está claramente preparada para matar sem motivo“, explicou Tressler. “Isso torna o seu comportamento muito imprevisível e muito perigoso“.

Entre outros crimes, a Polícia descobriu que Carr tinha decapitado o cão de um vizinho com uma pá, e que, segundo o testemunho de um amigo, a mulher teria grelhado hamsters vivos.

Quase três décadas após a sua sentença, o secretário de Estado da Justiça enviou ao o Conselho de Liberdade Condicional do Reino Unido um pedido de revisão da liberdade condicional de Carr.

“As revisões são realizadas minuciosamente e com extremo cuidado. Proteger o público é a nossa prioridade número um”, explicou um porta-voz do Conselho..

Em 2020, foi negado a Carr um pedido de revisão judicial para abrandar o seu regime prisional, por ter sido considerada demasiado instável para sair da prisão para mulheres adultas e menores HMP Bronzefield, no sudoeste de Londres, em que se encontra detida.

Na altura, o  juiz que apreciou o pedido salientou ter tido conhecimento de que Carr tinha fantasias em que assassinava outra prisioneira, imaginando “abrir-lhe a cabeça e atirá-la pelas escadas para lhe partir o pescoço“.

Dentro de alguns dias, a mais jovem condenada por assassínio no Reino Unido, e segunda mais jovem assassina britânica, que nasceu para ser uma assassina e que com isso sonha, poderá ser libertada.

A assassina mais jovem do Reino Unido, Mary Bell, foi considerada culpada de homicídio involuntário em vez de assassinato, depois de em 1968 ter estrangulado duas crianças, em dois incidentes separados, quando tinha apenas 10 anos.

ZAP //

Deixe o seu comentário

Your email address will not be published.