O ex-polícia Derek Chauvin acusado do assassínio de George Floyd compareceu esta segunda-feora pela primeira vez perante uma juíza, que lhe fixou uma caução de um milhão de dólares (885 mil euros) para ficar em liberdade condicional.
Depois de uma curta audiência, que decorreu por videoconferência a partir da prisão onde Chauvin está detido, como constatou uma correspondente da AFP, a juíza Jeannice Reding, do condado de Hennepin, em Minneapolis, marcou para 29 de junho a próxima audiência.
O antigo agente, de 44 anos, que está detido em uma prisão de alta segurança, apareceu com o uniforme cor-de-laranja de prisioneiro.
É acusado de assassínio por ter asfixiado, em 25 de maio, George Floyd, um afro-americano, de 46 anos, com o joelho no pescoço durante cerca de nove minutos, apesar de este dizer que não conseguia respirar. A morte de Floyd ocorreu durante a sua detenção por suspeita de ter usado uma nota falsa de 20 dólares (18 euros) numa loja.
Os quatro polícias envolvidos no assassínio foram despedidos.
Chauvin está acusado de homicídio em segundo grau, arriscando uma pena máxima de 40 anos de prisão. Os restantes vão responder por auxílio e cumplicidade de homicídio em segundo grau e por homicídio involuntário.
O drama, cujas imagens captadas por uma transeunte se tornaram virais, suscitou uma vaga de manifestações no mundo inteiro. A campanha mundial de solidariedade já cehgou a Portugal e prossegue também noutros países com idênticos objetivos, nomeadamente em Londres, Varsóvia, Paris, Melbourne, Tunes, além de Washington e outras cidades dos Estados Unidos.
Mais de 10.000 pessoas foram detidas e o recolher obrigatório foi imposto em várias cidades, incluindo Washington e Nova Iorque.
ZAP // Lusa