Fernando Santos assume a responsabilidade pela derrota, mas continua confiante. “Vamos estar no Qatar”

Francisco Paraíso / FPF

O selecionador português, Fernando Santos.

Depois da derrota com a Sérvia, este domingo, o selecionador português assumiu a responsabilidade pela fraca exibição de Portugal, mas disse continuar confiante no apuramento para o Mundial 2022.

Aos 90 minutos, Aleksandar Mitrovic gelou o Estádio da Luz. O jogador sérvio fez o golo na baliza de Rui Patrício e conseguiu a reviravolta de um jogo (2-1) no qual Portugal precisava apenas do empate para garantir o apuramento para o Mundial 2022. Desta forma, a seleção portuguesa foi relegada para os play-offs, que vão ser disputados em março.

No final da partida, era impossível esconder a desilusão e, na conferência de imprensa, o selecionador português, Fernando Santos, assumiu a responsabilidade pela derrota.

“Como treinador, sou o principal responsável por aquilo que não conseguimos fazer. Isso é evidente. A Sérvia conseguiu ser melhor em muitos momentos do jogo. Nós não pensámos no empate, isso não nos passou pela cabeça. Sempre montámos o jogo para o poder vencer”, declarou Fernando Santos.

“O que disse aos meus jogadores é que eles atacavam bem, tínhamos de defender bem. Em três contra três podíamos criar situações. Os jogadores não conseguiram, se calhar a mensagem não passou“, disse ainda o selecionador.

“Entrámos bem, marcámos um golo, depois começámos a não ter bola, a baixar muito as linhas. O adversário estava a jogar no meio-campo numa espécie de quadrado. Chamei os jogadores, tentei explicar-lhes. Os nossos laterais não podiam estar tão fechados, tinham de subir mais. Tivemos sempre muitas dificuldades, os jogadores tentaram fazer, mas quando tínhamos bola, não ligávamos o jogo. Sempre que ligámos, criámos problemas, mas a maior parte das vezes não conseguimos”, explicou.

“Ao intervalo expliquei o que se estava a passar no jogo. Era preciso mudar alguma coisa, só que eles meteram dois avançados. Até podia ser uma vantagem para nós porque jogávamos com três. Acho que o jogo ficou mais equilibrado, não houve tantas dificuldades, houve momentos em que conseguimos ter bola e criámos algumas situações de golo. O Bernardo estava bem, mas depois começou a ressentir-se e teve de sair. Nos corredores laterais não tivemos aquilo que é normal“, acrescentou.

“O nosso ADN é para ter a bola no pé e jogar. O Bernardo Silva quis bola, tentou jogar, mas foi o único. Jogámos com receio e ansiedade, variámos pouco o flanco de jogo. A responsabilidade é minha”, voltou a dizer.

O selecionador pediu ainda desculpa aos portugueses, mas mostrou estar confiante no apuramento da sua seleção.

Temos de pedir desculpa. Obviamente os portugueses estão tristes, não estão mais tristes do que nós, mas estão pelo menos tão tristes como nós. Mas a minha equipa vai estar no Campeonato do Mundo no Qatar, isso é garantido. Vai é disputar um play-off, o que não é habitual”, continuou.

Vamos estar no Qatar. Sabemos que não fizemos o que devíamos mas vamos lá estar. Sempre jogámos para ganhar e pensar no momento ofensivo. Mas nem sempre sai como queremos.”

“A equipa não jogou bem estes jogos. É normal que os portugueses manifestem esse descontentamento. Agora, eu estou aqui e acredito que tenho toda a capacidade para levar Portugal ao Qatar. Estou triste e frustrado, mas não deixo de ter confiança em mim nem nos meus jogadores. Estes dois jogos foram negativos, é verdade, mas porque é que não havemos de confiar?”, questionou.

Marcelo também está confiante: “Vamos estar no Qatar”

“A vida é feita disto, [a sofrer o golo] no último minuto, mas a luta continua. Em março há mais, já estamos habituados a isto, a sofrer até ao fim. E vamos passar, vamos estar no Qatar”, afirmou Marcelo Rebelo de Sousa, em declarações à RTP.

No Estádio da Luz, o chefe de Estado reiterou o otimismo no apuramento da equipa das quinas para o campeonato do mundo, mesmo depois ter falhado a qualificação diretamente, ao terminar o Grupo A no segundo lugar, a três pontos da Sérvia.

Já estive com os jogadores e disse-lhes que isto continua e que vamos passar”, frisou Marcelo Rebelo de Sousa.

As três últimas vagas europeias para o Mundial 2022 vão ser disputadas em março pelos 10 segundos classificados dos grupos da primeira fase e por duas seleções provenientes da Liga das Nações.

ZAP // Lusa

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