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Fernando Pimenta campeão do mundo de K1 1.000

Paulo Novais / Lusa

O canoísta português Fernando Pimenta

O canoísta português sagrou-se, este sábado, campeão do mundo em K1 1.000 metros, nos Mundiais de canoagem que decorrem até domingo em Montemor-o-Velho.

O tricampeão europeu completou a prova em 3.27,666 minutos, batendo por 725 milésimos de segundo o alemão Max Rendschmidt, que ficou com a medalha prata, enquanto o checo Josef Doostal foi o terceiro classificado, a 1,511 segundos do português.

Em campeonatos do mundo, o canoísta de Ponte de Lima, de 29 anos, tinha conquistado o bronze em 2015 e a prata em 2017 nesta distância.

O atleta português assumiu que se sente “um dos mais completos” canoístas do planeta. “Provavelmente sou um dos mais completos. Não falho um pódio há muito tempo em K1, principalmente nos 1.000 metros. Falhei nos Jogos Olímpicos por aquilo que toda a gente sabe. Mas não me deixei abater, continuo na luta. Há objetivos, sonhos e vou continuar a lutar por eles“, disse.

Em declarações à Lusa, minutos após receber a medalha, o atleta limiano exultou o seu estado de espírito “fantástico”: “É um momento indescritível. Subi ao pódio e estava a tremer das pernas, o que não é muito normal em mim. É um momento único na minha carreira. Tenho de agradecer a todos por este momento, único. Vou guardar para sempre no meu coração”.

“Ter aqui o meu nome gravado na medalha torna as coisas mais emocionantes. Não acredito no feito de hoje. É de todos os portugueses. É fantástico. Um momento único”, reforçou o canoísta de 29 anos.

Entre a semifinal, às 09h51, e a final, às 12h21, o canoísta do Benfica esteve a ser massajado pelo fisioterapeuta Luís Alves – “conhece-nos como poucos, é quem muitas vezes ouve os nossos desabafos” – e a visionar as provas dos rivais.

Mantive-me motivado. Conversei também com o meu treinador (Hélio Lucas) que me disse que estava bem. Que, independentemente das condições da prova, eu estaria bem. Só tinha de desfrutar do momento. Foi o que fiz”, congratulou-se.

Pimenta deixou um agradecimento especial aos milhares de pessoas que seguiram a prova no Centro de Alto Rendimento de Montemor-o-Velho, essencialmente na parte final. “Sem dúvida que estes últimos 200 metros com bancada são algo de arrepiar“, assumiu.

No domingo, o canoísta de Ponte de Lima vai lutar pela ‘dobradinha’, uma vez que às 16h50 vai defender o título mundial de K1 5.000 metros, distância não olímpica.

Depois das férias, começa a pensar nos Mundiais de 2019, em Szeged, na Hungria, que ditarão o apuramento para os Jogos Olímpicos Tóquio 2020, pensando “sempre” e apenas num passo de cada vez rumo à medalha olímpica.

ZAP // Lusa

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