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Felgueiras. Alunos ameaçados de serem proibidos de entrar em igrejas se faltarem a aulas de Religião Moral

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Marcos Santos / USP Imagens

Os encarregados de educação dos alunos do Centro Escolar de Torrados, em Felgueiras, foram avisados, na semana passada, pela escola, de que os educandos tinham de frequentar as aulas de Educação Moral Religiosa e Católica sob pena de as faltas serem comunicadas à Igreja Católica.

O Centro Escolar de Torrados, em Felgueiras, disse aos encarregados de educação que se os seus filhos faltarem às aulas de Educação Moral Religiosa e Católica ficam impedidos de frequentar a catequese, de ir à comunhão ou até de entrar na igreja, avança esta quarta-feira o Jornal de Notícias.

Foi através de uma circular enviada pelo coordenador deste Centro Escolar, Arménio Rodrigues, que surgiram as ameaças. No documento lia-se que a comunicação das faltas (à décima o aluno reprova) seria feita “mensalmente à base de dados da Igreja Católica Portuguesa”, e que isso poderia vir a trazer consequências como “o risco de lhes [alunos] ser barrado o acesso aos vários serviços da Igreja, como por exemplo a frequência da catequese, batizados, primeira comunhão e outras celebrações, bem como não poder entrar em qualquer igreja católica portuguesa”.

A notícia foi avançada pelo JN e a presença do tal documento foi confirmada pelo Observador junto de uma coordenadora da Escola Básica do 1.º Ciclo de Bouça, que faz parte do agrupamento de Torrados.

A mesma fonte confirmou ainda que “por volta das 19h00” desta quarta-feira vai realizar-se “uma reunião de esclarecimento” onde será explicado que “foi tudo um mal entendido” e “um problema de comunicação”.

Questionado pelo JN, o Ministério da Educação afirma que “desconhecia este comunicado, que não tem qualquer cabimento”. A diocese do Porto explicou também que só soube do sucedido através da Comunicação Social e garante que “o comunicado é da responsabilidade de quem o assina e não há nenhum cruzamento de dados entre a escola e a Igreja sobre a frequência desta disciplina”, garantiu o padre Jorge Duarte, diretor do gabinete de informação da diocese.

Nenhuma criança foi, é ou será impedida de frequentar a catequese ou entrar na Igreja por não ir a estas aulas”, sublinhou.

ZAP //

13 Comments

  1. Ao que nós chegámos!
    Uma escola a ameaçar alunos e pais por causa de uma confissão religiosa… Um sinal preocupante de atraso mental e cívico, pior ainda tratando-se de professores.
    O 25 de Abril baniu os crucifixos das salas de aula mas manteve as aulas de EMRC, em vez de promover a Educação Cívica. Faltaram “tomates” ao Estado laico.

  2. Pelo que entendi eles mentiram e quiseram ser mais que o M.E. , é preciso ter muita lata…se bem que é uma escolha essa disciplina…podem escolher música… Tipo que música é algo satânico p terdeser feita uma escolha..

    • Quando usadas para o Bem da Humanidade, não haveria problema, mas bem sabemos que não são… É tudo uma questão de controlo e manipulação, para manterem as pessoas ignorantes sobre Verdades maiores, que poderiam libertar e engrandecer o Espírito e não o ego. Para a matrix de controlo deste mundo, isso não convém nada!…

  3. (a comunicação das faltas seria feita mensalmente à base de dados da Igreja Católica Portuguesa)
    Ai o RGPD, o que terá a dizer sobre isto a Comissão Nacional de Protecção de Dados????
    Então os dados das faltas e os nomes dos alunos são partilhados com a igreja católica?????
    Está bonito está…
    Enquanto não acabarem com a M3rda das religiões….

  4. Isto não é real, não pode ser real em 2019, alguém está a brincar ……se for real o estado deve acabar já com esse tipo de religião na escola, mesmo sendo facultativa

  5. Se de um lado os valores morais estão em crise, as crianças as mais visadas, obrigadas a comer de tudo o que é agenda LGBTQRSTUVWXYZ quase desde berço, a questionarem-se umas às outras se devem por o pipi no pipi ou pipi no coco, isto sem terem idade sequer para se sentar no banco da frente do carro, com uma péssima instrução familiar, já de si podre e fundamentada na infidelidade e sexualidade, a Igreja devia dar o exemplo, não de denegrir a mensagem de Cristo, como tem vindo a ser hábito pelo populismo católico, mas cimentando as leis Judaico-Cristãs familiares, em que a nossa sociedade ocidental se baseia, convidando a todos a ouvir essa mensagem.
    Isto é um tiro nos dois pés, sem qualquer fundamento religioso, que afasta ainda mais esta geração da mensagem Cristã, e não por reforço de qualquer valor moral ou espiritual, apenas por jogo de empurra de responsabilidade governativa.
    Mateus 23:13
    Ai de vós, doutores da Lei e fariseus, hipócritas! Porque fechais o reino dos céus diante dos homens. Porquanto vós mesmos não entrais, nem tampouco deixais entrar os que estão a caminho!

    • concordo a 100%.

      já não chega ter de aturar os camaradas da identidade de género, agora parece que tb se tem de aturar os camaradas da teologia da libertação.

      ambos a puxarem as pessoas para o abismo.

  6. Ao que chegou a Beatice…Bastou uma ou um Beato para querer impor as Aulas de Religião e Moral, que não tem cabimento nas Escolas de Portugal, como não teria cabimento num Pais Muçulmano, obrigarem as crianças a assistir às aulas sobre como colocar as bombas em volta do corpo para rebentarem com os católicos e Judeus .
    Quem quer catequese e aulas de Religião e Moral, deveria ser a igreja a dar essas aulas e nunca numa Escola Pública, onde na maioria são Padres e Freiras retrógradas que dão essas aulas e são pagos pelo Ministério da Educação e depois metem de parte os Alunos que não frequentam essas aulas.

  7. Neste caso só me resta perguntar se a religião é obrigatória nas escolas, o que não me parece ser o caso, mas caso seja opcional só o deverá ser para os alunos cujos pais estejam de acordo com tal medida.

  8. São estes professores que se desmarcam de responsabilidades por mais mesquinho que seja o assunto. Só que isto é muito sério. Por uma questão de ética devem ser os primeiros a condenar esta atitude. A inquisição já era. Se algum pároco ou padreco, impedice qualquer ato de liberdade religiosa a um filho meu ia parar debaixo das vestes do bispo, e literalmente a pontapé. Depois ia tratar da responsabilidade da direção escolar.

  9. Em 2019, a máfia da igreja continua a mostrar o “atraso” que sempre foi!!
    De aulas de Moral precisam urgentemente esse bando de carneiros alienados/apalermados!…

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