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FC Porto vs Guimarães | Reviravolta gela Dragão

José Coelho / Lusa

O FC Porto não soube aproveitar o empate no dérbi lisboeta e foi derrotado em casa pelo Vitória de Guimarães (2-3).

Os “dragões” comandaram a partida durante a primeira parte e chegaram ao intervalo com uma vantagem de dois golos, mas o que veio a seguir foi um verdadeiro descalabro para os da casa.

Numa segunda parte marcada pelas lesões de Brahimi e Corona, o Vitória marcou nos três únicos remates que fez com direcção à baliza, contando ainda com a preciosa ajuda do guarda-redes Douglas, que parou oito das dez investidas portistas.

O Jogo explicado em Números

  • Bom início de partida do FC Porto, que entrou com o intuito de defender o estatuto de favorito. Nos 15 minutos iniciais, os “dragões” tiveram 62% de posse de bola e 82% de eficácia de passe e foi a eles que pertenceu o único disparo enquadrado até então, de Herrera, obrigando Douglas a uma boa intervenção.
  • Enorme contraste entre as duas equipas: aos 25 minutos Casillas era o jogador da equipa portista com menos acções com a bola (três), enquanto Douglas surgia na dianteira do Vitória neste aspecto, juntamente com Sacko e Wakaso, todos com 14.
  • Embora sem rematar, o portista André Pereira dava nas vistas pela sua presença no meio-campo adversário. O camisola 21 dos “dragões” chegou aos 30 minutos com três faltas sofridas – tantas quanto o resto da sua equipa – e a liderar em número de duelos disputados, oito, dois quais perdera apenas dois.
  • A primeira parte parecia destinada a terminar empatada, mas em apenas seis minutos o FC Porto fez balançar as redes contrárias por duas vezes.
  • Primeiro, Brahimi rematou forte à entrada da área para o fundo da baliza após uma excelente triangulação com André Pereira.
  • Pouco depois foi a vez do avançado português de marcar, na sequência de um livre cobrado por Alex Telles, apontando o seu primeiro golo no campeonato pelos “dragões”.
  • Vantagem inteiramente justa da equipa do FC Porto, numa primeira parte de sentido único e sem um só remate à baliza por parte dos visitantes, após quatro tentativas.
  • A equipa portista contabilizou cinco remates à baliza, quatro deles de dentro da área, o que demonstra bem as facilidades concedidas pela formação vimaranense, que venceu apenas 35% dos duelos disputados nos primeiros 45 minutos.
  • O avançado André Pereira surgia à cabeça dos  GoalPoint Ratings, com nota 7.8, aliando ao golo e à assistência um drible eficaz, dois duelos aéreos ganhos e três faltas sofridas em zona de perigo.
  • Primeiros 15 minutos pós-intervalo de baixa intensidade e novamente com o FC Porto por cima. A equipa portista – que viu Brahimi sair por lesão aos 51 minutos – realizou três disparos durante este período, um deles enquadrado, contra apenas um remate do adversário, e teve 61% de posse de bola.
  • Aos 61 minutos, a partida ficou relançada pela grande penalidade cometida por Sérgio Oliveira sobre Ola John, acabado de entrar na partida. Na cobrança, André André não desperdiçou a oportunidade, marcando à sua antiga equipa no primeiro remate enquadrado do Vitória até então.
  • Sérgio Conceição acabaria por perder Corona, que entrara para o lugar de Brahimi, aos 72 minutos, também por lesão. No pouco tempo que esteve em campo, o mexicano contabilizou seis interacções com a bola, três passes (todos eles eficazes) e um duelo aéreo ganho.
  • A equipa portista parecia ter perdido o controlo da partida e acabou mesmo por sofrer novamente um golo, num remate rasteiro de Tozé, após cruzamento da esquerda de Hanin. A eficácia nos cruzamentos era, aliás, um factor que distinguia claramente as duas equipas: o FC Porto acertara apenas três dos 17 cruzamentos efectuados até então; o Vitória falhara somente duas das suas cinco tentativas.
  • A reviravolta no marcador ficou consumada aos 87 minutos, com o golo de Davidson, numa jogada que teve início num lançamento e em que ficaram novamente visíveis as enormes facilidades concedidas pela defesa do FC Porto ao longo da segunda parte. Até ao final da partida, os “dragões” deram o tudo para chegar ao empate, mas uma série de grandes defesas de Douglas e a preciosa “ajuda” dos ferros valeram ao Vitória um surpreendente triunfo e os seus primeiros pontos no campeonato.

O Homem do Jogo

O guarda-redes Douglas ficou ligado à história deste desafio pelo elevado número de defesas que realizou, oito, sete delas a remates de dentro da área e quatro aos ângulos superiores.

A segurança que transmitiu entre os postes – que se manifestou ainda em duas saídas eficazes, uma pelo solo e outra pelo ar – ajudou a esquecer o facto de ter acertado apenas nove dos 25 passes que realizou, terminado a partida com a nota mais alta nos GoalPoint Ratings, um relevante 7.6.

Jogadores em foco

  • André Pereira 7.6 – Ficou atrás de Douglas por apenas uma centésima e teve de longe a melhor nota da sua equipa. Marcou um golo, fez uma assistência, venceu três dos quatro duelos aéreos que disputou e sofreu cinco faltas, três delas em zona de perigo.
  • Tozé 7.0 – Entrou no decorrer da primeira parte e foi decisivo na reviravolta da sua equipa. Para além do golo apontado, num dos três remates que fez, contabilizou um drible eficaz, realizou quatro desarmes e sofreu três faltas.
  • Felipe 5.9 – Rematou uma vez, para grande defesa de Douglas, e venceu os dois duelos aéreos em que participou. Deu ainda nas vistas ao efectuar cinco alívios e três intercepções.
  • Maxi Pereira 4.3 – Noite para esquecer do uruguaio. Desperdiçou uma ocasião flagrante, foi feliz em apenas um dos cinco cruzamentos que efectuou, falhou 14 passes (oito deles curtos) e perdeu a posse de bola em 27 ocasiões.
  • Florent Hanin 4.2 – Apesar da assistência, teve a nota mais baixa da noite. Falhou seis passes no seu próprio meio-campo, venceu apenas dois dos nove duelos que disputou e consentiu dois dribles.

Resumo

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