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FC Porto vs Chaves – dragões deixam escapar vantagem tardia

Fernando Veludo / Lusa

O FC Porto e o Desportivo de Chaves, empataram hoje 1-1, na primeira jornada do Grupo C da terceira fase da Taça da Liga de futebol, numa partida em que os golos surgiram apenas na parte final.

Depois de Hernâni, vindo do banco, ter inaugurado o marcador para os ‘dragões, aos 74 minutos, os flavienses resgataram o empate, aos 83, por intermédio de Eustáquio.

Já no último momento da partida, Aboubakar, ainda chegou a introduzir a bola na baliza contrária, mas o golo acabou invalidado por ter sido apontado pelo braço do camaronês.

Com este resultado, FC Porto e Desportivo de Chaves dividem a liderança do grupo, com um ponto, uma vez que Varzim e Belenenses só jogam no domingo.

Para este desafio, o técnico dos ‘azuis e brancos’, Sérgio Conceição aproveitou para abrir o leque de oportunidades, promovendo seis alterações em relação ao último jogo oficial, frente ao Moreirense.

Destaque para a estreia absoluta do lateral direito brasileiro João Pedro e para os regressos à titularidade de Danilo e Adrián Lopez, que não surgiam no ‘onze’ inicial há sete meses e dois anos, respetivamente.

O tão vasto lote de mexidas teve uma influência direta na fluidez de jogo dos ‘dragões’, que apesar de terem assumido a iniciativa desde o arranque da partida, não disfarçavam alguma falta de entrosamento, sobretudo nas movimentações ofensivas.

Ainda assim, logo aos três minutos, o central Felipe ainda protagonizou um astuto desvio de calcanhar, que por pouco traía o guarda-redes contrário, tendo-se destacado, de novo, aos 12, num cabeceamento perigoso, que António Filipe susteve.

Do outro lado, o Chaves, que fez cinco alterações na equipa titular em relação ao seu último jogo oficial, mostrava-se lutador, mas sem argumentos para se revelar verdadeiramente perigoso, tentando algumas iniciativas individuais, nomeadamente em remates de longa distância.

A inconsequência ofensiva dos dois conjuntos espelhava-se em parcas oportunidades de golo junto às balizas, e um futebol quezilento nos duelos do meio campo, algo que já perto do intervalo Herrera tentou inverter, com um cabeceamento, ao lado, após assistência de Corona, insuficiente para inverter o ‘nulo’, ao intervalo.

No regresso para o segundo tempo, técnico dos ‘dragões’, Sérgio Conceição foi para a bancada, após ter sido expulso no túnel de acesso aos balneários, alegadamente por protestos com o árbitro Vítor Ferreira, ficando o adjunto Vítor Bruno a dar as indicações no relvado.

Mesmo sem a presença do líder, os ‘dragões’ repetiram a entrada mais forte, e logo aos 53 minutos, Danilo tentou desequilibrar com um remate que saiu um pouco lado da baliza flavienses.

Os transmontanos surgiram para esta segunda metade um pouco mais atrevidos nas saídas para o contra-ataque, usando a velocidades para criar desequilíbrios.

Perdigão esteve em destaque num par de ocasiões, já depois da hora de jogo, primeiro num remate em arco, que saiu um pouco ao lado, e, depois, numa arrancada isolada, que foi travada com um corte crucial de João Pedro, após um assinalável sprint.

Já com Brahimi em campo, a velocidade e intensidade das movimentações ofensivas do FC Porto aumentou, acabando por vir também do banco uma outra opção que desbloqueou o encontro.

Hernâni foi lançado aos 72 minutos, e precisou de apenas mais dois para inaugurar o marcador, numa espécie de recarga, em ângulo difícil, a um primeiro remate de Brahimi, que ficou embrulhado entre um adversário, e acabou à mercê do extremo português.

Apesar do revês, os transmontanos não baixaram os braços, e, aos 83 minutos, resgataram o empate, numa jogada de contra-ataque, em que o recém-entrado André Luís assistiu Eustáquio, que com parca oposição apontou o 1-1.

De novo atrás do prejuízo, os dragões expuseram-se e acentuaram a pressão sobre o adversário, tentando, de todas as formas, mas já sem suficiente clarividência, regressar à vantagem, embora queixando-se de uma grande penalidade sobre Aboubakar.

Nessa ambição de chegar ao golo, os portistas concederam mais espaços e Vaná ainda foi decisivo a evitar a reviravolta, com uma grande defesa após um remate de Jefferson.

Já no último dos seis minutos de descontos, o Dragão ainda chegou a festejar um golo, apontando por Aboubakar, mas com recurso ao braço, que acabou por ser invalidado, fazendo prevalecer o 1-1.

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