José Peseiro estreou-se hoje com uma vitória no comando do FC Porto, vendo a sua equipa bater o Marítimo, por 1-0, em partida da 19.ª jornada da Primeira Liga, decidida com um autogolo do guarda-redes Salin, ainda na primeira parte.
Apesar de dominadores, os ‘dragões’ não disfarçaram algum nervosismo neste desafio, acabando por ter a felicidade no tento decisivo, num remate de André André, que depois de embater ma barra da baliza madeirense, ressaltou nas costas do guarda-redes do Marítimo para golo.
A equipa da Madeira, que também estreou o treinador Nelo Vingada, ainda conseguiu causar alguns calafrios aos nortenhos, nomeadamente numa bola a ferro, mas, sobretudo no segundo tempo, acabou por não ter consistência suficiente para inverter a derrota.
Com este triunfo, o FC Porto mantém a desvantagem de três pontos para o Benfica, segundo classificado, e de cinco para o líder do campeonato, o Sporting, depois das vitórias dos dois rivais esta jornada.
Para esta partida, José Peseiro aproveitou o ‘onze’ base dos seus antecessores, Julen Lopetegui e o interino Rui Barros, mantendo a equipa que na última jornada do campeonato foi derrotada em Guimarães, por 1-0.
Já do lado Marítimo, Nelo Vingada viu-se obrigado a improvisar, tendo em conta a razia no setor defensivo da equipa, em que três castigos e uma lesão o forçaram a apresentar um quarteto diferente.
Apesar de entrarem de forma mais pressionante, os nortenhos não disfarçaram um inicial nervosismo, que se refletia em alguns passes falhados e num futebol que pecava na definição ofensiva.
Perante a intranquilidade prematura dos ‘dragões’, aproveitou o Marítimo para, logo aos 2 minutos, esboçar o primeiro remate do jogo, com Marega a disparar sem a melhor definição.
O atrevimento insular serviu para despertar os locais, com Brahimi, num dos poucos lances é que esteve envolvido no primeiro tempo, a obrigar Salin a defesa com perna, num remate de ângulo apertado.
O Marítimo permitia o ascendente portista, mas não descurava o contra-ataque, e à passagem do quarto de hora manteve a defesa ‘azul e branca’ em alerta máximo, num par de remates de Dyego Sousa e Éber Bessa.
Tal como na equipa, também nas bancadas dos Dragão se denotava nervosismo com a parca clarividência da equipa nesta fase inicial, algo que só foi invertido aos 22 minutos, com o inaugurar do marcador num lance de insistência que culminou na feliz combinação André-trave-Salin.
Os madeirenses não esmoreceram com a desvantagem, e volvidos quatro minutos estiveram perto de recuperar a igualdade, por intermédio de Dyego Sousa, que, após cruzamento de Patrick, cabeceou à barra da baliza de Casillas.
Apesar de nem sempre deslumbrarem, os comandados de José Peseiro foram mantendo a postura autoritária no jogo, embora sem evidentes situações de golo até ao intervalo.
No regresso do descanso, o futebol inconsequente voltou a apoderar-se da equipa da casa, que raramente conseguiu esboçar jogadas coerentes no último terço, apesar do ascendente.
Valia aos ‘dragões’ que os níveis do atrevimento do Marítimo tinham caído a pique no arranque desta etapa complementar, permitindo aos nortenhos controlarem a vantagem sem grandes dificuldades.
Nesta toada, só aos 72 minutos voltou a haver um momento de emoção junto às balizas, desta feita numa iniciativa individual de Corona, que, aguentando a pressão de um opositor, ainda conseguiu proporcionar a Salin uma defesa para canto.
O Marítimo pareceu querer despertar depois deste lance, mas a reação resumiu-se apenas a um par de remates de longa distância, prevalecendo a incapacidade para ameaçar a curta vantagem dos locais, que persistiu até ao final.
Mesmo roubado até dizer chega…