FC Porto é o clube europeu com maior queda nas receitas por causa da pandemia

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(dr) FC Porto

A crise provocada pela pandemia de covid-19 valeu ao FC Porto “uma queda de 50%” nas receitas operacionais na época 2019/2020. A conclusão é de um estudo da consultora financeira KPMG que conclui que o clube português é o emblema europeu que sofreu a maior descida nos lucros.

A consultora financeira KPMG estudou as consequências que a pandemia de covid-19 provocou nos principais clubes europeus e constatou que o FC Porto foi o que mais sofreu com a crise.

O clube português é o que enfrenta “o mais elevado decréscimo no lucro líquido”, apesar de ter sido campeão da época 2019/2020, aponta a consultora, notando “uma queda de 50% na sua receita operacional”, sobretudo devida “ao decréscimo nas receitas de transmissão televisiva de 123,5 milhões de euros em 2018/2019 para 46 milhões em 2019/2020″. É uma diferença de 77,5 milhões de euros.

A KPMG nota que “os impactos da pandemia são visíveis” em todos os clubes, com os emblemas das principais 8 Ligas europeias a terem os seus resultados líquidos “significativamente afectados, sobretudo devido aos ganhos perdidos em todos os fluxos de receita”.

No caso do FC Porto a queda é de 126 milhões de euros, enquanto o Barcelona tem uma descida de 102 milhões de euros.

No Borussia de Dortmund a queda fica-se nos 61 milhões de euros, na Juventus nos 50 milhões, no Manchester United nos 48 milhões, no Lyon nos 43 milhões, no Ajax nos 31 milhões e no Besiktas nos 23 milhões de euros.

A KPMG dá ainda o exemplo do “feito notável” do Bayern de Munique que conseguiu “registar um resultado líquido positivo” naquele que foi o seu “28º ano lucrativo consecutivo”, apesar da quebra de 42,7 milhões de euros nos lucros.

Os lucros operacionais totais do clube alemão desceram em 2019/2020 dos 660,1 milhões de euros para os 634,1 milhões, segundo a KPMG.

https://twitter.com/Football_BM/status/1339942409174736899

A consultora alerta ainda que “o impacto da crise ainda não acabou”, frisando que “o declínio estimado nas receitas pode até atingir a faixa dos três dígitos de milhões”, especialmente se os clubes tiverem que continuar a jogar, durante “um período significativo da temporada”, sem os seus adeptos nos estádios.

Susana Valente, ZAP //

3 Comments

  1. Tenho muitas dúvidas sobre a credibilidade deste estudo no referente ao FCP. Receitas operacionais são aquelas que não contemplam os movimentos com transferências de jogadores. Excepto se o estudo considerar como receitas televisivas a entrada directa e o desempenho na Champions. Seo FCP em 2019/20, não entrou na Champions e comparado com o exercício anterior foram mais de 60 milhões de quebra e não foi culpa da pandemia. O facto é que os clubes só deixaram de ter bilheteira em meados de Março, três meses e meio antes do fecho de contas, 30 de Junho. Mais, falou-se que o FCP e o SCP reduziram em 30% os salários do pessoal, mas como o Benfica terá pago, integralmente, os valores contratuais, a querida comunicação social terá abafado esse corte salarial. A KPMG é o auditor do FCP – também do Benfica – este estudo sugere uma tentativa, não muito hábil, de branquear o prejuízo – “fora da caixa” – do FCP. Não é que me incomode, Portugal é um dos paraísos futebolistas, clubes falidos continuam a competir sem que se vislumbre, economicamente, o porquê, o facto é que o dinheiro acaba por aparecer, a proveniência pouco importa. Excepto se se tratar do Benfica. Oremos…

    • Completamente bem falado, só que o problema do Porto é o do Barcelona, continua a querer ser um clube de bairro que está desactualizado destes tempos, o Porto “Clube” têm só orgulho de ser clube das pessoas do Porto, enquanto devia ser um clube de todo o Portugal, mas não é sempre racista não é um clube simpático que atraia adeptos com essa mesma simpatia, parece tipo assim: és do porto? não então não vales nada,claro que assim podem ser grandes mas só para eles.

      • Para começar, o FCP toma o seu nome da cidade que deu nome a Portugal, enquanto outros clubes, quicá o seu, é que têm nome de bairro. Já agora, averigue porque as cores do FCP são azul e branco e inteire-se da dimensão nacional que já está presente na génese do clube. Eu, que já visitei, trabalhei, e vivi e vários sítios de Portugal, incluindo Lisboa e ilhas, encontrei portistas em todos os cantos. E não, não eram deslocados do Porto, eram mesmo nascidos e criados nessas cidades e regiões. Essa conversa soa a propaganda que o clube “vermelho sem vergonha” faz por espalhar num desespero de se manter por cima. E já todos sabemos que para esse clube os meios pouco interessam desde que se atinjam os fins. O Porto é uma nação, meu caro. Desde 1143.

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