Faz-se história em Moçambique: Dorinda Eduardo é a primeira mulher candidata à Presidência

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Dorinda Catarina Eduardo

Entre as sete candidaturas já recebidas pelo Conselho Constitucional (CC) moçambicano, uma assinala um feito histórico. “O país precisa de mudar de rumo, de uma liderança feminina”.

Dorinda Catarina Eduardo, do Movimento Nacional para a Recuperação da Unidade Moçambicana (Monarumo), é a primeira mulher a candidatar-se à Presidência da República de Moçambique, com vista as eleições marcadas para 9 de outubro.

“A nossa candidatura surge num momento em que acreditamos que o país precisa de mudar de rumo, de uma liderança feminina que possa apresentar uma perspetiva alternativa para o país e sobretudo reanimar a esperança dos moçambicanos”, disse a candidata aos jornalistas, citada pela Rádio Moçambique, após submeter a sua candidatura no CC.

A jurista de profissão, de 51 anos e natural de Cabo Delgado, quer um país onde todos têm oportunidades iguais, independentemente do género.

“Acedemos ao chamamento que o país fez e esperamos que os moçambicanos nos possam acolher e dar um voto de confiança”, disse.

Os restantes candidatos

De acordo com fonte do CC, estava prevista para esta sexta-feira para a submissão das candidaturas de Mário Albino, apoiado pelo partido da Ação do Movimento Unido para Salvação Integral (AMUSI), e de Rafael Fernando Bata, com o apoio do Partido Republicano Unido de Moçambique (PRUMO).

O CC confirmou ainda que para a segunda-feira está agendada a submissão da candidatura de Feliciano Maguiuanhane Machava, apoiado pelo Movimento para Desenvolvimento e Reconciliação Nacional (MDR).

A formalização da inscrição de Ossufo Momade, presidente da Resistência Nacional Moçambicana (Renamo), principal partido da oposição, foi apresentada em 31 de maio.

Em 01 de junho foi a vez de Lutero Simango, presidente do Movimento Democrático de Moçambique (MDM), o segundo maior partido da oposição e um dos três com assento parlamentar, a submeter a sua candidatura presidencial.

Em 5 de junho, ao submeter o processo no CC, o candidato apoiado pela Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo, no poder desde a independência), Daniel Chapo, garantiu que o partido vai continuar no poder, mas avisou que é tempo de acabar com o nepotismo e a corrupção.

O político Venâncio Mondlane deu entrada com a candidatura na quinta-feira, prometendo levar Moçambique para uma “nova era” e eliminar o “fundamentalismo partidário” no país.

O prazo para submissão de candidaturas termina na segunda-feira , 10 de junho. O Constitucional prevê ainda a entrada de mais três candidaturas.

ZAP // Lusa

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