/

Há uma família de genes que ajuda a controlar a fotossíntese

Investigadores descobriram que há uma família de genes nas cianobactérias que ajuda a regular a fotossíntese. Os cientistas ambicionam que a descoberta possa levar a aplicações industriais.

Fotossíntese é o processo pelo qual as plantas utilizam o dióxido de carbono e a água para obter glicose através da energia da luz solar. Este é um processo físico-químico essencial para a sua existência e sobrevivência. Uma equipa de cientistas encontrou agora uma família de genes em cianobactérias que ajudam a controlar a fixação de CO2.

Como o Tech Explorist explica, as cianobactérias e a plantas partilham uma enzima, chamada RuBisCo, que captura dióxido carbono. Isto faz parte de um processo que permite transformar o carbono em moléculas que alimentam o organismo das plantas.

O RuBisCo é normalmente bloqueado por pequenas moléculas e cabe a uma proteína, RuBisCo activase, entrar em ação e remover as moléculas indesejadas para que a enzima volte a funcionar.

Um estudo publicado no mês passado na revista New Phytologist, menciona a descoberta de um gene cianobacterial semelhante ao que codifica o RuBisCo activase nas plantas. Contudo, os cientistas continuam sem perceber muito bem qual é a sua função nas cianobactérias.

Os investigadores tentaram utilizar esta proteína nas plantas, mas não conseguiram resultados práticos, apesar das semelhanças aparentes.

“Temos também evidências bioinformáticas que mostram a proteína cianobacterial a evoluir juntamente com o RuBisCo nas cianobactérias. Esta descoberta sustenta ainda mais a interação entre estas duas proteínas“, explicou Lechno-Yossef, um dos investigadores envolvidos no estudo.

Os cientistas também acreditam que a proteína cianobacterial ajuda a identificar os níveis de dióxido de carbono para ajustar às taxas de fotossíntese. Quando retiraram o gene no laboratório, verificaram que a cianobactéria crescia mais em ambientes mais ricos em CO2.

“Agora sabemos que as cianobactérias têm uma enzima que suporta o RuBisCo, podemos tentar criar cianobactérias mais robustas para aplicações industriais“, ambicionou Lechno-Yossef.

ZAP //

Deixe o seu comentário

Your email address will not be published.