Uma família britânica que reclamou uma indemnização, alegando que tinha sofrido uma intoxicação alimentar durante as férias em Maiorca (Espanha), acabou acusada de fraude e arrisca uma pena de prisão que pode ir até seis anos.
Segundo o jornal britânico The Daily Mail, a família pediu uma compensação de 52 mil libras (mais de 58 mil euros) à agência turística Thomas Cook, alegando que tinha sido vítima de uma intoxicação alimentar durante as férias na ilha espanhola de Maiorca.
Mas o tribunal considerou que a alegação era falsa e acusou a família de pretender concretizar “uma fraude sofisticada com um valor relativamente alto de dinheiro reclamado”, conforme cita o referido jornal.
Este é mais um caso de intoxicações falsas entre turistas britânicos, uma tendência crescente entre os que visitam Portugal e Espanha e que está a preocupar o Governo britânico.
Recentemente, a Justiça do país rejeitou uma queixa de uma outra família que tinha reclamado uma indemnização à mesma Thomas Cook, igualmente devido a uma suposta intoxicação nas Canárias, também em Espanha, em 2013. Esta família foi condenada a uma multa de pouco mais de 4 mil euros por um Tribunal de Liverpool.
Mas este novo caso vai ser o primeiro a chegar à barra dos tribunais penais, sob acusação de reclamação falsa. Se forem condenados por fraude, os envolvidos arriscam uma pena de prisão entre 18 meses e seis anos.
O The Daily Mail refere que uma das filhas da família acusada apresentou também uma queixa semelhante, denunciando uma suposta intoxicação alimentar durante as férias em Maiorca, em 2016.
Fraude organizada
Estas queixas têm estado aparentemente a ser impulsionadas por redes de advogados, que ensinam os turistas a apresentar queixas falsas , nomeadamente no Algarve.
Segundo a organização, os turistas estão a ser encorajados a fazer queixas falsas por empresas especializadas em fazer participações às companhias de seguros para receberem indemnizações.
Há alguns anos, surgiam apenas casos isolados, mas os advogados dedicados a esta fraude aumentaram, contando muito com a publicidade gratuita das redes sociais, e montaram um esquema que leva os seus profissionais às ilhas mais procuradas por turistas, com o intuito de convencer falsas vítimas.
A suspeita de serem falsas muitas das reclamações por intoxicações alimentares apresentadas por turistas britânicos levou o Foreign Office a atualizar os conselhos para quem viaja para Portugal.
Muitas vezes oferecem em troca um serviço gratuito em troca de uma percentagem do valor obtido ou da compensação das custas judiciais. A legislação britânica prevê que estas queixas por danos pessoais sejam feitas contra os operadores turísticos, que, por sua vez, passam os custos para os hotéis.
Isto só pode ser fruto de leis mal paridas. Mas cabe na cabeça de alguém poder apresentar uma queixa deste tipo semanans meses depois do acontecimento. A denúncia tinha que ser logo na hora, é com algum tipo de documento de um hospital ou centro de saúde onde tenham sido atendidos a comprovar tal facto. E depois tinham que reclamar do restaurante ou de onde comeram e não de uma agência que nada tem a ver com o assunto.
Só agora descobriram isto?!!!!!! Há quantos anos os ingleses levam a enganar seguradoras, unidades hoteleiras e outras…. São especialistas nestas matérias…. há largas dezenas de anos….