Queixa na Comissão de Proteção de Crianças e Jovens contra pais de alunos que falham muitas vezes refeições é uma das medidas para acabar com o desperdício alimentar.
Alunos que repetidamente falhem refeições que tinham encomendado na escola podem agora motivar uma queixa contra os pais à Comissão de Proteção de Crianças e Jovens.
A notícia é avançada esta terça-feira pelo Jornal de Notícias, que dá conta de que escolas em todo o território nacional estão a confrontar os encarregados de educação com um documento que visa acabar com o desperdício alimentar.
Caso disso é, por exemplo, o Agrupamento de Escolas Carolina Michaëlis, no Porto. Em declarações ao jornal, a subdiretora da instituição, Fátima Soares, assegura que se trata apenas de um “procedimento preventivo”.
“A principal preocupação é que os pais saibam que os filhos encomendam as refeições e que depois faltam, o que gera desperdício”, refere.
A responsável garante que “nunca foi feita queixa a uma comissão” mas que esta situação acontece, sobretudo, com “alunos do escalão A, que têm as refeições gratuitas, e entre os mais velhos”.
Já o Ministério da Educação diz que entre as refeições encomendadas e as consumidas há “uma diferença que oscila entre 2% e 3%“. Sempre que essa diferença for superior a 5%, o sistema de registo exige uma justificação por parte das instituições.
Segundo o JN, o desperdício alimentar já tinha motivado uma recomendação da Direção-Geral dos Estabelecimentos Escolares (Dgeste), que recomendou aos estabelecimentos de ensino que solicitassem o pagamento das refeições não consumidas.
ZAP