Depois do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), a Direção Geral do Património Cultural (DGPC) chumbou as obras ilegais levadas a cabo pela Bacalhôa Vinhos de Portugal, empresa de Joe Berardo.
Há cerca de ano e meio, a Bacalhôa Vinhos de Portugal SA, do empresário Joe Berardo, está a levar a cabo uma obra de transformação de uma antiga estação rodoviária, na Reserva do Parque Natural da Arrábida, sem ter licença de construção para tal. Berardo está a transformar uma antiga estação rodoviária numa espécie de palácio.
O Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) já confirmou que a intervenção no edifício, que “integra a área classificada como Proteção Complementar tipo II” estando sujeita ao cumprimento do Plano de Ordenamento do Parque Natural da Arrábida (POPNA)”, não está autorizada.
Agora, de acordo com o jornal Público, também a Direção Geral do Património Cultural (DGPC) chumbou o projeto de Berardo.
“O projeto apresentado, assente na introdução de uma nova ‘roupagem arquitetónica’, procurava reproduzir cânones estilísticos, ‘de linhas e proporções clássicas’, similares a uma ‘residência nobre’ em Azeitão”, explica a DGPC. “Os pareceres desfavoráveis foram fundamentados pela proposta de alteração da imagem industrial do imóvel existente (correspondente às antigas instalações da Transportadora Setubalense, mais tarde Rodoviária Nacional), tendo por base uma estratégia de implementação de um ‘falso histórico’, inadequada do ponto de vista patrimonial”.
Além disso, o parecer negativo do organismo liga-se com a “concorrência” que o novo edifício fará ao Palácio e Quinta da Bacalhôa, monumento nacional situado em frente à obras e que é também propriedade de Joe Berardo.
As obras também não tiveram luz verde do ICNF por se situarem na zona da Reserva Natural do Parque da Arrábida.
A obra está a ser levada a cabo numa antiga estação rodoviária que foi comprada no início de 2019 por Joe Berardo à Transportadora Setubalense – Belos, do Grupo Barraqueiro, por de 2,125 milhões de euros.
O empresário pretende instalar naquele espaço um centro interpretativo do vinho e um espaço cultural, que se chamará Berardo Bacalhôa Collection.
Não está autorizado e a construção continua? Onde pára a autoridade dos organismos tutelares?
– Até que regularize as dívidas deviam congelar-lhe os bens, ou não?
Chama-se a isto “bandalhice organizada” e propositada de parte dos Orgãos de Fiscalização e de Justiça !
O BBC (Berardo Bacalhoa Collection) seria o único imóvel que o estado poderia arrestar porque era o único que ele teria em seu nome! E logo não deixaram acabar a obra ao homem! Há tanta clandestinidade por aí! Era só mais uma e, assim, o estado poderia recuperar alguns milhões ou não querem?!