Explosões e tiroteio em hospital militar em Cabul fazem 15 mortos e 34 feridos

Stringer / EPA

Os ataques ainda não foram reivindicados. Ouviu-se uma primeira explosão, seguindo-se um tiroteio. Dez minutos depois, ouviu-se uma segunda explosão, ainda maior que a primeira.

Pelo menos 15 pessoas morreram e 34 ficaram feridas quando duas explosões e um tiroteio abalaram o maior hospital militar do Afeganistão, em Cabul. Segundo a Reuters, as explosões aconteceram à entrada do hospital Sardar Mohammad Daud Khan, no centro da capital afegã, e as forças de segurança foram enviadas para a área, afirmou o porta-voz do Ministério do Interior.

Ainda não há confirmação no número de mortos, mas um responsável talibã em condição de anonimato afirmou que há pelo menos 15 mortos e 34 feridos. O grupo de ajuda humanitária italiano Emergency, que tem um hospital acerca de três quilómetros do local, avançou que já recebeu nove feridos.

Várias imagens partilhadas nas redes sociais mostram uma nuvem de fumo na zona das explosões e testemunhas afirmam que pelo menos dois helicópteros sobrevoaram a área. Ainda ninguém reivindicou as explosões, mas a agência de notícias Bakhtar afirma que testemunhas disseram que um número de combatentes do Estado Islâmico entraram no hospital e envolveram-se em confrontos com as forças de segurança.

Um trabalhador do hospital afirma que ouviu uma grande explosão, seguindo-se alguns minutos de tiros. Cerca de dez minutos depois, ouviu-se uma segunda explosão, ainda maior que a primeira.

Recorde-se que o Estado Islâmico, que já levou a cabo uma série de ataques em mesquitas e noutros alvos, incluindo no aeroporto de Cabul, desde que os talibãs voltaram ao poder em Agosto, já tinham atacado o hospital em 2017, tendo matado mais de 30 pessoas.

Os ataques do grupo têm causado preocupação sobre a possibilidade do Afeganistão voltar a ser um refúgio para grupos terroristas, tal como aconteceu antes da invasão norte-americana em 2001. Na altura, o governo talibã era aliado da Al-Qaeda, o grupo que levou a cabo os ataques do 11 de Setembro.

ZAP //

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