As explosões do estranho cometa 29P estão a deixar os cientistas intrigados

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(dr) Faulkes Telescope Project / Las Cumbres Observatory

Uma imagem recente do cometa 29P

Um dos cometas mais estranhos do Sistema Solar está a protagonizar algumas explosões brilhantes e imprevisíveis desde o final de setembro e os cientistas não sabem explicar porquê.

Segundo o site Space.com, o cometa 29P tem mais de 60 quilómetros de diâmetro, é um dos poucos conhecidos como Centauros, ou seja, faz parte do grupo de corpos menores do Sistema Solar que orbitam entre Júpiter e Neptuno, e ilumina-se periodicamente através de erupções poderosas que o tornam o segundo corpo mais ativo depois da lua de Júpiter, Io.

Mas por que razão está a entrar em erupção? Ninguém sabe e, por isso, surgiu uma campanha de observação internacional, que abrange desde astrónomos amadores a profissionais até ao famoso telescópio espacial Hubble, para tentar desvendar o mistério.

“Esta poderá ser a primeira vez que apanhamos o resultado de uma explosão tão grande”, disse ao mesmo site John Noonan, um estudante de Astronomia da Universidade do Arizona e um dos investigadores envolvido na ajuda que o Hubble vai dar.

“Nas vezes anteriores em que o Hubble olhou para o cometa 29P, tratou-se de uma explosão menor. O que está a acontecer agora é algo sem precedentes, pelo menos nos últimos 40 anos”, acrescentou.

De acordo com o mesmo site, os astrónomos esperam que o telescópio espacial veterano seja capaz de distinguir pedaços dos destroços libertados durante as explosões e de rastrear esses objetos à medida que se afastam do núcleo do cometa. E se os astrónomos puderem seguir esses fragmentos, estarão a assistir ao nascimento de um cometa completamente novo, disse Noonan.

“Se existirem fragmentos que estão a ser separados dele nessas grandes explosões, como a que aconteceu no final de setembro, esses fragmentos podem também tornar-se cometas da família de Júpiter“, explicou.

“Se houver um processo a acontecer na região Centauro que possa fragmentar objetos do Cinturão de Kuiper que são Centauros durante este breve período das suas vidas dinâmicas, e dar-nos esses cometas da família de Júpiter de 100 a 200 metros, isso seria fascinante”, considerou.

ZAP //

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