Uma nova pesquisa concluiu que não há diferença entre fazer exercício apenas ao fim de semana ou espalhar a atividade física durante os outros dias, desde que se cumpra os mínimos recomendados.
Há muitos estudos que indicam qual a melhor hora do dia para fazer exercício, a quantidade que exercício e a intensidade e a sua frequência ideal.
Mas com as nossas vidas ocupadas e a correria do dia a dia, há muita gente que simplesmente não tem tempo e energia para poder fazer exercício durante a semana e apenas pode exercitar-se ao fim de semana.
Um novo estudo publicado na JAMA Internal Medicine procurou perceber quais os efeitos de deixar toda a prática desportiva para o fim de semana — partindo do princípio que se cumpre os requisitos da Organização Mundial de Saúde para adultos, que estipulam que devemos praticar entre 150 e 300 minutos de atividade física moderada ou entre 75 e 150 minutos de atividade intensa por semana.
A equipa analisou os dados de saúde de mais de 350 mil pessoas nos Estados Unidos entre 1997 e 2013 e procurou entender se há alguma diferença entre fazer o exercício necessário apenas ao sábado e domingo ou espalhado durante a semana.
E há boas notícias. Os cientistas não notaram praticamente diferença nenhuma nos indicadores de saúde entre os dois grupos, especificamente relativos ao risco de morte por cancro ou doenças cardiovasculares. Ou seja, desde que se faça o exercício recomendado, os dias não importam, relata o Science Alert.
Ao longo de 10,4 anos (tempo médio que cada participante esteve envolvido no estudo), quase 22 mil das pessoas que integravam a amostra morreram, mas o risco de morte relacionado com várias doenças era bastante mais baixo quando os participantes cumpriam os mínimos de atividade física recomendados pela OMS.
Os investigadores notam ainda que a pesquisa tem algumas limitações, já que os dados dos inquéritos eram auto-reportados. No entanto, o tamanho do estudo e o tempo de análise dá-nos uma quantidade considerável de confiança nos resultados.
