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Exames do 9.º ano e provas de aferição vão ser feitos no computador a partir de 2023

Antoninho Perri / Unicamp

As provas de aferição e os exames nacionais do 9º ano vão ser feitos por via digital, ou seja, no computador a partir de 2023. Este modelo vai começar a ser testado já neste ano em algumas escolas.

Este novo modelo de avaliação digital integra o plano do Governo para desmaterializar todas as provas até 2025, prevendo-se um investimento de 12 milhões de euros através do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).

No âmbito deste plano, a partir de 2023, os exames do 9.º ano e todas as provas de aferição, com excepção das de Expressão Artística e Física, serão realizadas no computador, conforme avança o Jornal de Notícias (JN).

Este modelo vai já arrancar neste ano, mas apenas em algumas escolas, em projectos-piloto, ainda de acordo com o JN. Nesta altura, estão a ser escolhidas as escolas que vão começar com a avaliação digital.

No próximo ano, a avaliação digital nas provas de aferição deverá abranger também os estudantes do 2.º, do 5.º e do 8.º anos.

Em 2024, prevê-se arrancar com o projecto-piloto nos exames dos 11.º e 12.º anos.

A partir de 2025, o objetivo é acabar com o papel e a caneta nos exames do Ensino Secundário, com o intuito de que as avaliações neste nível passem a ser realizadas apenas em suportes electrónicos.

Para o presidente da Confederação Nacional das Associações de Pais (CONFAP), Jorge Ascensão, estas medidas são bem-vindas. Contudo, este responsável alerta, em declarações à TSF, que é preciso criar condições para que todos os alunos tenham os meios digitais necessários, de modo a que estejam preparados para as provas digitais.

Jorge Ascensão lembra que ainda nem todos os alunos têm computador e acesso à Internet.

Porém, o representante da Associação de Directores de Agrupamentos e Escolas Públicas, Filinto Lima, assegura que o acesso aos computadores e à Internet é uma situação que está “ultrapassada”.

“Não há alunos que possam ser beneficiados e outros prejudicados. Neste caso concreto, todos os alunos estão em igualdade de circunstâncias“, aponta Filinto Lima também na TSF.

ZAP //

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