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Investigadores dizem que ex-presidente da Gâmbia roubou mil milhões de dólares

United Nations Photo / Flickr

Ex-presidente da Gâmbia, Yahya Jameh a discursar na ONU.

O ex-presidente da Gâmbia, Yahya Jammeh, é acusado de roubar 1 mil milhão de dólares durante os 22 anos que esteve no poder. Uma quantia nove vezes maior do que a estimada pelo novo governo.

Um relatório elaborado por investigadores da Organized Crime and Corruption Reporting Project diz que o presidente gambiano desviou 1 mil milhão de dólares, deixando o país mergulhado numa dívida profunda.

Yahya Jammeh roubou o dinheiro dos cofres do Estado, incluindo do banco central, do escritório de assistência social e da empresa estatal de telecomunicações, durante as mais de duas décadas no poder.

O ex-presidente conseguiu sair ileso ao nomear funcionários públicos para posições proeminentes e dando privilégios a um grupo de empresários liderado por um importante financiador do Hezbollah, revelou o relatório.

Atualmente exilado na Guiné Equatorial, Jammeh é conhecido por levar um estilo de vida excêntrico, sustentado pelo dinheiro que roubou durante o seu tempo no poder. Enquanto isso, em 2017, a Gâmbia contava com uma dívida de 489 milhões de dólares, de acordo com o Washington Post.

Além disso, o Banco Central gambiano também deve mais de 130% do seu PIB aos credores, de acordo com o Fundo Monetário Internacional. O atual presidente da Gâmbia, Adama Barrow, que derrotou Jammeh nas eleições de 2016, tinha dito no passado que o presidente roubara 90 milhões de dólares – um valor nove vezes inferior ao estipulado pelo estudo.

O relatório revelou que os extratos bancários, contratos, correspondências governamentais e relatórios internos mostram “uma rede de fraudes que excede em muito o valor especulado por Barrow”.

O dinheiro foi, alegadamente, para empresas que receberam contratos lucrativos do ex-líder. Jammeh conseguiu escapar, uma vez que a Gâmbia é um país pequeno, com uma população de cerca de 2 milhões de pessoas, e o caso permaneceu relativamente obscuro, realça o estudo.

O Governo gambiano ainda não reagiu ao relatório da Organized Crime and Corruption Reporting Project.

ZAP //

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