Ex-ministro galês encontrado morto em casa depois de acusações de assédio sexual

O ex-ministro do governo trabalhista galês Carl Sargeant, que foi suspenso do cargo e do partido a 3 de novembro depois de ser acusado de conduta inadequada por várias mulheres, foi encontrado morto, confirmou esta terça-feira a polícia do Norte de Gales.

Segundo a emissora pública BBC em Gales, acredita-se que o deputado, que era ministro regional para Comunidades e Infância, se suicidou depois de na semana passada o Partido Trabalhista ter aberto uma investigação após receber queixas de várias mulheres.

O superintendente da polícia galesa Mark Pierce disse esta terça-feira que às 11h30 (horário local) foi encontrado o corpo de Sargeant em Connah’s Quay e informou que a morte “não é considerada suspeita”.

O líder do Partido Trabalhista britânico, Jeremy Corbyn, lamentou “a terrível notícia”, enquanto o primeiro-ministro do País de Gales, o também trabalhista Carwyn Jones, louvou a contribuição de Sargeant à vida pública.

Hoje mesmo, Jones explicou que tinha decidido levar o caso de Sargeant à direção do partido, para que fosse investigado, depois de receber denúncias de várias mulheres.

Após conhecer a situação, o ex-ministro disse na semana passada que as acusações eram “perturbadoras” e que esperava conseguir “limpar o seu nome”.

A família de Sargeant, casado e com dois filhos, expressou em comunicado a sua tristeza pela perda de “um marido, um pai e um amigo muito querido”, que era “o coração da família”.

Vários políticos do Reino Unido foram suspensos ou renunciaram nos últimos dias e estão a ser investigados depois de serem acusados de supostos abusos e assédio sexual, em geral a mulheres, num crescente escândalo que sacudiu os alicerces da política britânica.

A primeira-ministra, Theresa May, fez um acordo na segunda-feira com outros líderes políticos para introduzir no Parlamento de Londres um “novo mecanismo independente de agravos” que previna os casos de abusos de poder e facilite a apresentação e investigação de denúncias.

// EFE

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