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Ex-candidato à compra da TAP detido no âmbito da Operação Lava-Jato

Mauricio Duenas Castaneda / EPA

O dono da Avianca, Germán Efromovich.

Germán Efromovich e o seu irmão foram detidos, no Brasil, no âmbito da Operação Lava-Jato. O dono da companhia aérea colombiana Avianca foi, por duas vezes, candidato na privatização da TAP.

Em 2013, escreve o Observador, o empresário foi o único concorrente à privatização da empresa, mas a compra não foi concluída porque falhou a realização da caução prevista. Dois anos mais tarde, Efromovich concorreu contra David Neeleman, num concurso que o norte-americano acabaria por vencer.

O comunicado do Ministério Público Federal não revela a identidade dos dois detidos, embora a imprensa brasileira e agência Reuters confirmem que se tratam de Germán e José Efromovich.

Ambos são investigados pelo alegado envolvimento num esquema de corrupção com contratos da EISA com a Transpetro, subsidiária da Petrobras. Os empresários terão pago subornos para conseguir contratos de construção de um navio. O contrato com a empresa de Efromovich terá resultado em perdas de quase 100 milhões de euros para a Petrobras.

A troco do contrato, os irmãos Efromovich alegadamente pagaram cerca de 6 milhões de euros em comissões a Sérgio Machado, o então presidente da Transpetro.

Germán e José Efromovich utilizaram os lucros obtidos com estes contratos para comprar a Avianca, que em 2003 estava em insolvência. Os empresários estão agora em prisão domiciliária e com pulseira eletrónica. As autoridades brasileiras bloquearam ainda 100 milhões de euros controlados pelos irmãos e pelas suas empresas.

ZAP //

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