Eurodeputados do Brexit viraram as costas ao hino da União Europeia

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Os deputados europeus do Partido do Brexit protagonizaram uma ação de protesto virando as costas enquanto tocava o hino europeu no plenário do Parlamento Europeu, em Estrasburgo, durante a sua sessão inaugural.

Os eurodeputados foram convidados a levantar-se para ouvir o hino europeu, mas os 29 deputados britânicos, eleitos na expectativa de que o Reino Unido deixe a União Europeia, mostraram hostilidade ao virarem-se de costas enquanto os músicos tocavam o Hino da Alegria, de Beethoven.

“Porem-se de pé é uma questão de respeito – não quer necessariamente dizer que partilham dos pontos de vista da União Europeia. Se ouvirem o hino de qualquer outro país, também vão levantar-se”, tinha afirmado o ainda presidente do Parlamento Europeu, Antonio Tajani, minutos antes deste episódio protagonizado pelos deputados do partido de Nigel Farage, citado pelo Observador.

Para Richard Corbett, líder do Partido Trabalhista na UE, esta tomada de posição não foi nada mais do que uma falta de respeito. “Nigel Farage e os eurodeputados do Brexit acharam que estavam a ser espertos mas, na verdade, toda a gente olhou para aquilo com um pouco de desprezo. Foram simplesmente mal-educados para com os nossos colegas de outros países”, disse, citado pelo mesmo jornal.

Também fora do Parlamento Europeu, a manhã foi marcada por protestos pela imposta aos independentistas catalães eleitos em maio e impedidos de tomar posse na sessão inaugural.

De acordo com a polícia, às 09h30 da manhã estavam pelo menos quatro mil pessoas a manifestarem-se frente ao edifício do Parlamento Europeu, empunhando bandeiras da Catalunha.

Os três lugares dos eurodeputados independentistas catalães vão ficar vazios porque Madrid bloqueou a possibilidade de tomada de posse devido às circunstâncias jurídicas em que se encontram.

Além dos manifestantes catalães, manifestaram-se também membros de partidos de extrema-direita europeus e ainda britânicos apoiantes do Brexit, sendo que este últimos também viraram as costas a um grupo de músicos que atuam nas festividades oficiais de abertura do Parlamento.

Por fim, um pequeno grupo de alemães manifestou-se em solidariedade para com a alemã Carola Rackete, a capitã do navio de uma ONG que se encontrava em operações de salvamento no Mediterrâneo e que foi presa pelas autoridades italianas em Lampedusa.

Com a sessão constitutiva do Parlamento Europeu a decorrer hoje, resta pouco tempo aos líderes da UE para resolver o impasse relativamente à distribuição dos cargos de topo.

Se falharem, são os grupos parlamentares a determinar sozinhos quem fica como presidente do Parlamento Europeu e, em em último caso, forçaria a atual ‘Comissão Juncker’ a estender o seu mandato, que termina no próximo 31 de outubro.

ZAP // Lusa

1 Comment

  1. Que diabo ainda faz esta gente no plenário do Parlamento Europeu? Ou continua a saber-lhes bem o salário que esmifram á conta de quem rejeitam?
    Mal vejo a hora de os ver definitivamente “pelas costas”.

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