Os lucros da banca deverão ser ameaçados se o euro digital começar a ser utilizado. Nova fase começa daqui a poucos dias.
O euro digital, a versão tecnológica da moeda, ainda não é uma realidade mas pode ser em breve.
O projecto esteve em fase de investigação durante dois anos e, nesta quarta-feira, o Banco Central Europeu (BCE) publicou uma actualização sobre o assunto.
Em comunicado, o BCE indica que o euro digital passa para a fase de preparação, que “estabelecerá as bases para um possível euro digital e incluirá a finalização do código de regras do sistema de euro digital e a seleção de fornecedores para o desenvolvimento da plataforma e infraestrutura de um euro digital”.
A emissão do euro digital ainda não é certa mas, caso se concretize, vai ser uma forma digital de moeda para ser utilizada para qualquer pagamento digital no conjunto da área do euro.
Será generalizadamente acessível, de utilização básica gratuita e disponível com ou sem ligação à Internet, lembra o BCE.
E, caso se concretize, é uma ameaça aos lucros dos bancos. O aviso é do Mediobanca, citado no Jornal de Negócios.
De acordo com o banco de investimento italiano, entre 5% e 20% dos lucros da banca estarão em risco se o euro digital avançar.
“Pode ser um asteróide que, ao lado da transformação digital, vai entrar em rota de colisão contra o mundo bancário”, indica o Mediobanca.
A nova moeda iria mexer com três aspectos: margem financeira (levantamentos dos depósitos), comissões (pagamentos com cartão, transferências bancárias e contas à ordem) e custos.
O primeiro tópico mencionado no parágrafo acima é o mais óbvio: as pessoas deixarem de ter dinheiro físico, em depósitos, para passarem a ter apenas contas em euros digitais. São levantamentos estimados entre os 200 mil milhões de euros e os 900 mil milhões, numa eventual fuga de 7% do total de depósitos na Zona Euro. Mas até seria uma “perda gerível, quando comparada com o excesso de liquidez actual no sistema bancário”.
Os lucros em comissões bancárias também seriam menores. O euro digital teria impacto nos pagamentos com cartão, nas transferências e nas contas correntes.
Por fim, com a nova moeda, os bancos poderiam ter despesas de capital (capex) e outros custos operacionais, sugere o banco italiano.
No momento em que o Euro digital entrar, todas as transacções estarão disponíveis para consulta.
Como tal, ninguém poderá ter economias paralelas.
Sabendo isto, é muito possível que os próprios políticos tenham interesse em atrasar a entrada do Euro digital (CBDC) porque toda a vida económica deles ficará exposta.
Saquem o pilim todo! Comprem ouro e escondam-no!
Hoje em dia, o dinheiro físico é o rei!
Só o dinheiro vivo representa liberdade. O resto é o controle total de um regime totalitário.