Os Estados Unidos anunciaram, esta terça-feira, uma recompensa de cinco milhões de dólares (4,37 milhões de euros) por informações que levem à detenção e ao julgamento do presidente do Supremo Tribunal de Justiça venezuelano.
Num comunicado, o secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, acusou também Maikel Moreno, considerado próximo do regime de Caracas, e a mulher de envolvimento numa “corrupção significativa”.
Pompeo afirmou que Maikel recebeu “subornos para influenciar o resultado” de casos criminais e civis na Venezuela e foi acusado pela justiça norte-americana por “branqueamento de capitais”.
“[Nos últimos anos, Maikel] recebeu pessoalmente ‘luvas’ em dinheiro e em bens materiais para influenciar processos civis e criminais”. Recebeu ‘luvas’ em troca de decisões judiciárias”, favorecendo a libertação de vários réus ou a classificação de certos casos, acrescentou o secretário de Estado norte-americano.
Na “lista negra” do Tesouro norte-americano desde maio de 2017, o presidente do Tribunal Supremo de Justiça venezuelano juntou-se agora, tal como a mulher, à do Departamento de Estado por “corrupção”.
A decisão “reafirma o empenho dos Estados Unidos no combate à corrupção e ao crime organizado transnacional na Venezuela”, sublinhou Pompeo.
O Governo de Donald Trump tem multiplicado as sanções e as pressões sobre dirigentes políticos da Venezuela para tentar afastar do poder o Presidente Nicolás Maduro, a quem Washington não reconhece legitimidade.
No início de julho foi noticiado pela imprensa venezuelana que as autoridades estão a treinar pelo menos 40 mil presos para defender a Venezuela de uma eventual invasão norte-americana.
Nicolás Maduro sucedeu a Hugo Chávez ao assumir interinamente a Presidência da República em 2012.
ZAP // Lusa