O embaixador dos Estados Unidos na Turquia assegurou que o seu país não teve qualquer papel na tentativa de golpe do mês passado e disse-se exasperado com as persistentes acusações contra Washington, noticiou hoje a imprensa turca.
John Bass disse estar “profundamente perturbado e ofendido pelas acusações” contra os Estados Unidos desde a tentativa de golpe de 15 de julho, noticiou na sua edição online o jornal Hurriyet, que participou, como outros ‘media’, na conferência de imprensa do embaixador, na sexta-feira em Istambul.
“Apenas quero voltar a dizer, como já disse e como foi dito por Washington, que o governo dos Estados Unidos não planeou, dirigiu, apoiou ou teve qualquer conhecimento prévio de quaisquer atividades que tenham ocorrido na noite de 15 para 16 de julho”, disse.
John Bass acrescentou estar “profundamente perturbado e ofendido com as acusações” contra o seu país.
A Turquia atribuiu a tentativa de golpe ao clérigo exilado nos Estados Unidos Fethullah Gulen e advertiu Washington de que as relações diplomáticas serão afetadas se Washington recusar extraditá-lo.
O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, também descreveu a tentativa de golpe como “um enredo escrito no estrangeiro”, referindo-se a um envolvimento de países estrangeiros.
Poucos dias depois do golpe, o ministro do Trabalho turco, Suleyman Soylu, foi mais longe e afirmou que “os Estados Unidos estão por trás do golpe”.
Já esta semana, um antigo chefe do Estado-Maior do Exército, Ilker Basbug, disse que a CIA, Agência Central de Informações norte-americana, também esteve por trás da tentativa de golpe.
“Francamente, se tivéssemos sabido, teríamos dito imediatamente ao governo turco”, disse o embaixador.
Os Estados Unidos querem uma Turquia “forte, próspera, democrática e confiante”, prosseguiu.
“Quem pensar que os Estados Unidos beneficiam de alguma forma de uma Turquia dividida e desestabilizada está a fazer uma leitura profundamente errada da história”, concluiu o embaixador.
/Lusa
A “catarse” operada por Erdogan, presidente turco, foi de tal dimensão que não deixa dúvidas a ninguém dos propósitos, dos atuais ocupantes do poder. Como é possível, num curto espaço de tempo, deter/prender tanta gente que, na maioria, obedeciam a ordens da hierarquia, nos vários sectores, quer militar, quer sociedade civil, estava tudo premeditado para, sob a capa da democracia, instalar de facto, o poder do ditador e seus seguidores. A União Europeia, os seus líderes, não podem tolerar o que se está a passar na Turquia, este país, com a atual “liderança” não pode integrar a UE aliás, a arrogância de Erdogan, não merece o respeito de uma Europa de valores, democrática e livre. ACORDEM líderes europeus se é que a Europa ainda tem líderes para dizer ao sr. Erdogan, BASTA!!!!!!!