“Corrupção significativa”. Isabel dos Santos impedida de entrar nos EUA

O Departamento de Estado dos Estados Unidos impôs restrições de visto a Isabel dos Santos por estar envolvida em “corrupção significativa por meio da apropriação indevida de fundos públicos para seu benefício pessoal”.

No Dia Internacional de Combate à Corrupção, que se celebrou esta quinta-feira, o Departamento de Estado dos Estados Unidos anunciou um pacote de medidas anti-corrupção, do qual constam restrições de visto a várias pessoas.

“Os Estados Unidos estão a tomar medidas ousadas para combater a corrupção e promover a responsabilização através de sanções e restrições de vistos”, pode ler-se no comunicado assinado por Antony J. Blinken, secretário de Estado.

“Sob esta autoridade, será negada a entrada nos Estados Unidos a membros de Governos estrangeiros envolvidos em corrupção significativa e aos seus familiares mais próximos”, lê-se ainda.

Na lista divulgada esta quinta-feira consta Isabel dos Santos, filha do ex-Presidente de Angola. Segundo a mesma nota, em causa está o facto de a empresária estar envolvida em “corrupção significativa por meio da apropriação indevida de fundos públicos para seu benefício pessoal”.

Leopoldino Fragoso do Nascimento, mais conhecido como “Dino”, e Manuel Hélder Vieira Dias, ou “Kopelipa”, antigos dirigentes do Governo angolano, também constam desta lista e, no mesmo dia, já tinham sido submetidos a sanções financeiras.

Mas também Carlos Julián Bermeo Casas, antigo procurador colombiano; Manuel Víctor Martínez Olivet, antigo diretor de saúde na Guatemala; Nestor Moncada Lau, conselheiro de segurança nacional do regime da Nicarágua; Martha Carolina Recinos de Bernal, atual chefe de gabinete de El Salvador; Osiris Luna Meza, vice-ministro da Justiça de El Salvador; Carlos Amilcar Marroquin Chica, diretor do Tecido Social de El Salvador; Prince Yormie Johnson; senador na Libéria e, por fim, Oleksandr Tupytskyi, ex-presidente do Tribunal Constitucional da Ucrânia.

Recorde-se que Isabel dos Santos está envolvida no caso “Luanda Leaks”, no qual o Consórcio Internacional de Jornalismo de Investigação revelou mais de 715 mil ficheiros que detalham alegados esquemas financeiros da empresária.