EUA e Comissão Europeia comprometem-se com programas de apoio às democracias após dias de debate na Cimeira promovida por Biden

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Oliver Contreras / EPA

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden

No discurso de abertura da cimeira, Joe Biden lembrou as dificuldades dos próprios Estados Unidos, num passado recente, em preservar a independência das suas instituições democráticas.

Depois de três dias de discursos e debates com centenas de líderes mundiais, a Cimeira da Democracia, promovida por Joe Biden, termina hoje. A iniciativa teve como objetivo “estabelecer uma agenda afirmativa para a renovação democrática e para enfrentar as maiores ameaças que as democracias enfrentam atualmente através da ação coletiva”. Como resultado, os Estados Unidos anunciaram o financiamento, na ordem de 375 milhões de euros, de projetos para concretizar até ao próximo ano — algo que a Comissão Europeia prosseguiu, com um anúncio de 1,5 mil milhões de euros até 2027.

No que respeita à iniciativa norte-americana — intitulada Renovação Democrática —, pretende apoiar a “governação transparente e responsável, incluindo o apoio à liberdade dos meios de comunicação social, o combate à corrupção internacional, o apoio aos reformados democráticos, a promoção de tecnologia que promova a descoberta, e a defesa do que é uma eleição justa”.

Por parte da instituição europeia, o foco será um programa — Europa Global — de direitos humanos e democracia, o qual deverá ser implementado entre 2021 e 2027. A sua execução deverá substituir um programa semelhante, que findou em 2020 e para o qual foram alocados 1,3 mil milhões de euros. Ursula von der Leyen aproveitou a ocasião — e a sua intervenção na cimeira — para destacar outro programa, a Ponte Global, anunciado no início deste mês.

Centrado no financiamento de infraestruturas até 2027, o programa tem um orçamento na ordem de 300 mil milhões de euros, os quais serão avaliados “em valores, em transparência e em sustentabilidade”. Trata-se sobretudo, apesar de este ponto não ter sido referido pela presidente da Comissão Europeia, de uma alternativa à iniciativa chinesa Uma Faixa, Uma Rota.

“Face aos desafios sustentados e alarmantes à democracia, aos direitos humanos universais e a todo o mundo, a democracia precisa de defensores“, adiantou o presidente dos Estados Unidos na abertura da cimeira, citado pelo Diário de Notícias. “E eu queria acolher esta cimeira porque aqui nos Estados Unidos, sabemos tão bem como qualquer pessoa que renovar a nossa democracia e reforçar as nossas instituições democráticas requer um esforço constante.”

ZAP //

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