Estudo desaconselha 8 espécies de peixe com alto teor de mercúrio a grávidas e crianças

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Certas espécies de peixes, como atum fresco, peixe-espada, garoupa, maruca, cherne, espadarte, cação e tintureira, devem ser evitados por grávidas e crianças devido ao seu maior teor de mercúrio.

Um estudo de investigadores da Universidade do Porto adverte que o consumo de espécies de pescado com maior teor de mercúrio deve ser evitado pelas grávidas, mulheres a amamentar e crianças, devido a riscos associados ao desenvolvimento cognitivo.

Os resultados da pesquisa, realizada por investigadores da Faculdade de Ciências da Nutrição e Alimentação (FCNAUP) e do Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto (ISPUP), foram apresentados num artigo publicado no British Journal of Nutrition.

Apesar de o consumo de pescado – que inclui peixe, músculos e crustáceos – ter uma série de benefícios associados, os cientistas advertem que determinadas espécies devem ser evitadas pelos grupos referidos.

São os casos do atum fresco, peixe-espada, garoupa, maruca, cherne, espadarte, cação e a tintureira.

“O consumo de pescado continua a ser essencial, temos é de fazer as escolhas certas, quer em escolha de espécies, quer na frequência do seu consumo”, alerta Ana Catarina Carvalho, primeira autora do estudo.

“Além disso, estas espécies com maior teor de mercúrio, não apresentam benefícios face a outras em que a presença do mercúrio está em menor concentração”, acrescenta a investigadora da FCNAUP e do ISPUP.

ZAP // ISPUP

O consumo de pescado continua a ser essencial, temos é de fazer as escolhas certas, alerta Ana Catarina Carvalho, investigadora da FCNAUP e do ISPUP.

Mas se há espécies “proibidas” para as grávidas, crianças e mulheres a amamentar, outras há cujo consumo é encorajado pelos investigadores, devido aos benefícios que trazem para a saúde.

Sardinha, cavala, salmão devem ser as opções privilegiadas, uma vez que, além de terem menos mercúrio, contêm maior teor de ácidos gordos ómega-3, esses, sim, que contribuem para um melhor desenvolvimento cognitivo nas crianças e prevenção de doença cardiovascular nos adultos”, sugere Catarina Carvalho.

Espécies como pescada, polvo, lulas, pota, bacalhau, carapau, faneca, linguado, sarda, paloco e o tamboril também são opções que têm, geralmente, valores baixos de mercúrio.

Idealmente, grávidas, mulheres a amamentar e crianças, devem consumir estas espécies cerca de três a quatro vezes por semana. Já para a população geral o consumo de quatro a sete vezes por semana é o recomendado.

Além disso, no momento de escolher a espécie a consumir, a diversidade é um ponto essencial para uma alimentação equilibrada e saudável.

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1 Comment

  1. O consumo de carne e peixe não é sustentável – nem o nosso sistema digestivo está preparado para consumir este tipo de alimentos. Comentários deste tipo: “Já para a população geral o consumo de quatro a sete vezes por semana é o recomendado.” é irreal e criminoso especialmente quando proferido por um cientista. A mensagem é tão simples que até dói: Não comam carne nem peixe, pratiquem uma dieta vegetal, protejam e cuidem do nosso Planeta, por vocês e pelos vossos Filhos e Netos – para que seja possível acabar com as alterações climáticas, minimizar a fome e a escassez de recursos naturais no Mundo e finalmente parar (por falta de procura) os grandes grupos agropecuários cuja criação de gado polui 10x que o uso de combustíveis fósseis e os grupos de pesca industrializada que esgotaram quase 90% de toda a nossa fauna marinha e são a causa de mais de metade de toda a poluição nos nossos Oceanos.
    Se tudo isto é novo para quem está a ler, então aconselho começarem por ver os documentários: Sea Piracy e Cow Piracy que (entre outros) deviam passar em horário nobre todas os fins de semana nas televisões portuguesas.
    Boa Sorte para todos – porque vamos precisar.

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