Os Estados Unidos podem vir a acusar formalmente a mulher do presidente venezuelano, Nicolás Maduro, por crimes de tráfico de droga e corrupção.
A notícia foi avançada esta quarta-feira pela Reuters, que cita quatro fontes diferentes. Segundo as mesmas, as autoridades norte-americanas têm em sua posse informações do ex-guarda-costas de Cilia Flores, que diz que ela sabia de todas as manobras criminosas dos seus sobrinhos, que cumprem uma pena de 18 anos de cadeia por tráfico de droga.
William Barr, Procurador-Geral dos Estados Unidos, e os procuradores de Nova Iorque e Miami, anunciaram a 26 de março que dariam 15 milhões de dólares a quem contribuísse com informações que comprometessem Nicolás Maduro, acusado de tráfico de droga e lavagem de dinheiro nos EUA.
Além de Maduro, estão também implicados outros 14 atuais e ex membros do Governo e das forças de inteligência venezuelanos e das FARC, o maior grupo rebelde na Colômbia. Suspeita-se que os líderes venezuelanos tenham criado uma ponte aérea para enviarem droga para a América Central.
De acordo com o Observador, que avança a notícia esta quinta-feira, terão sido traficadas por esta via entre 200 a 250 toneladas de cocaína.
O Departamento de Justiça norte-americano e o ministro da Informação venezuelano não confirmaram a acusação, mas a Reuters avança de Cilia Flores poderá ser formalmente acusada neste processo.
Na sequência da notícia, o ministro venezuelano Jorge Rodríguez acusou a Reuters de as perguntas da agência serem “nauseantes, caluniosas e ofensivas”.
Yazenky Lamas, ex-guarda-costas de Flores, afirmou que a mulher de Maduro estava a par dos crimes que foram alegadamente praticados pelos seus familiares, incluindo o esquema de tráfico de cocaína pelo qual os seus sobrinhos foram condenados, em 2017, por um tribunal norte-americano a 18 anos de prisão.
As acusações de Lamas constam de um documento do Departamento de Justiça ao qual a Reuters teve acesso.
