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Medicamento experimental contra a esquizofrenia mostra resultados promissores

Bhernandez / Flickr

Um novo medicamento contra a esquizofrenia e psicose mostrou resultados bastante positivos nos recentes testes em humanos. Ao contrário das alternativas, não apresenta efeitos colaterais negativos.

Os testes em humanos de um novo medicamento experimental contra a esquizofrenia e psicose mostraram resultados promissores. O medicamento funciona de maneira diferente de qualquer outro antipsicótico existente e sem os seus efeitos colaterais negativos.

Os medicamentos antipsicóticos vieram oferecer uma solução inovadora e muito mais benéfica do que a lobotomia, que era comummente utilizada como tratamento para a psicose.

Os atuais medicamentos no mercado ajudam a reduzir muitos dos principais sintomas, como delírios e alucinações. No entanto, não são úteis nos restantes sintomas associados à esquizofrenia e geralmente têm vários efeitos colaterais de curto e longo prazo.

Num estudo publicado, na semana passada, na revista científica New England Journal of Medicine, uma equipa de investigadores descreve o sucesso dos testes em humanos de uma nova medicação, chamada de SEP-363856. Este novo medicamento experimental foca-se em recetores neurais diferentes daqueles que normalmente os outros antipsicóticos se concentram.

O New Atlas explica que a eficácia no estudo foi calculada através de uma escala conhecida como Escala de Síndrome Positiva e Negativa (PANSS), que varia de 30 a 210. A pontuação média dos participantes do estudo com psicose aguda foi de 101. Após o teste de quatro semanas, a pontuação média caiu 17,2 pontos, enquanto que no grupo de placebo caiu apenas 9,7.

“Durante os últimos 60 anos, antipsicóticos que se ligam aos recetores de dopamina têm sido o padrão de tratamento, apesar do perfil de efeitos colaterais”, salienta John Krystal, coautor do novo estudo. “A minha esperança é que estes resultados para o SEP-363856 apoiem um novo tratamento de esquizofrenia para pessoas que foram diagnosticadas com esta grave condição de saúde mental. O SEP-363856 poderia ter um grande impacto nas pessoas com esquizofrenia, nas suas famílias e no ónus da saúde pública”.

ZAP //

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