Os partidos à esquerda estiveram atentos aos resultados em Espanha, que indicam que participar num Governo com o PS pode ser má ideia.
Se já se tem falado das lições que PSD e o Chega podem tirar dos resultados das legislativas dos seus partidos correspondentes em Espanha, a esquerda também esteve atenta aos resultados dos seus aliados ideológicos no país vizinho.
A ala esquerda espanhola, incluindo o Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE) e a coligação Sumar, não conseguiu uma vitória expressiva, mas deve acabar por ser a última a rir.
Apesar de ter ficado em segundo, o PSOE parece estar em melhores condições para formar Governo do que o PP, que contava com um melhor resultado do Vox para poder formar uma coligação com maioria. Espanha pode assim ter a sua própria “geringonça”, com os socialistas a formar Governo com o apoio da esquerda, mesmo sem ter vencido das eleições.
Um dos partidos mais atentos ao caso espanhol foi o Bloco de Esquerda. Os resultados indicam que a participação directa no Governo ao lado dos socialistas — algo que os bloquistas ponderaram antes do divórcio da geringonça — pode ser um presente envenenado e acabar por sair pela culatra.
O exemplo disto dá-se com a coligação Sumar, que inclui o partido Unidas Podemos, que é o irmão espanhol do Bloco. Os principais rostos do Sumar, como a líder Yolanda Díaz, acabaram por se colar demasiado ao PSOE, o que alienou o eleitorado de esquerda mais ferrenho, que não gostou de ver o partido a comprometer os seus valores em nome do acesso ao poder. “A integração no Governo foi um fracasso político”, admite um dirigente bloquista ao Observador.
A bipolarização do voto também prejudicou os mais esquerdistas, com o PSOE a apelar ao voto útil para travar uma coligação do PP com o Vox, que daria as chaves do poder à extrema-direita.
Se isto soa a déjà vu, será talvez porque algo semelhante aconteceu nas legislativas portuguesas em 2022, com o PS a concentrar o eleitorado da esquerda e a conseguir a maioria absoluta em parte devido à relutância do PSD em fechar a porta ao Chega. O Bloco foi até o parceiro da geringonça mais castigado pelo eleitorado, passando de 19 deputados para apenas cinco.
Os líderes do Bloco de Esquerda apontam ainda para o sucesso de partidos mais pequenos e regionais, como o Bloco Nacionista Galego e o Euskal Herria Bildu. Estes resultados são notórios, dado traterem-se de partidos que apoiaram o PSOE, mas não entraram no Governo com ele. Ou seja: conseguiram influenciar o poder, mas deixar claras as suas diferenças com os socialistas.
Sem tréguas (por enquanto) com o PS
Tanto bloquistas como comunistas não têm poupado os socialistas desde a morte da geringonça. No caso do PCP, a crescente contestação social e as constantes greves na educação, saúde e transportes está a levar o partido de volta às suas raízes e a ajudar a afirmar-se novamente como um partido de protesto, depois de vários anos em que esteve próximo do poder.
A esquerda está a aproveitar para capitalizar com os sucessivos escândalos e demissões no Governo, procurando dar a imagem de que eram os parceiros da geringonça que deixavam o PS “na linha”.
No entanto, esta postura mais dura com os socialistas pode não durar para sempre e há comunistas dispostos a reatar o romance com o PS quando António Costa deixar a liderança do partido.
“Paulo Raimundo tem tido um discurso político que assinala a necessidade de haver uma convergência mínima para evitar que a direita chegue ao poder, independentemente das questões que afastam os partidos”, afirmou o militante comunista e jornalista Pedro Tadeu ao Observador, numa análise sobre os primeiros 100 dias de Raimundo como líder.
Em entrevista ao Diário de Notícias, o próprio líder comunista deixou claro que “os socialistas no geral e o PS em particular” não poderiam ficar de fora da solução que o PCP propõe para o país, sempre com base na sua “política patriótica e de esquerda”.
Raimundo piscou o olho a Pedro Nuno Santos, um dos arquitectos da geringonça e um dos favoritos para suceder a Costa na liderança socialista, elogiando a “frontalidade e franqueza” com que negociou com os parceiros à esquerda.
Nos corredores bloquistas, o sentimento é semelhante — geringonça com Costa nunca mais; mas com outro líder socialista mais próximo da esquerda, talvez. No entanto, por enquanto a palavra de ordem é oposição pura e dura absoluta à maioria absoluta.
Do lado do PS, a ideia é também esperar pelo fim do ciclo de Costa. Pedro Nuno Santos acredita que a actual maioria absoluta foi a excepção e não a regra, pelo que a política de blocos, que arrancou em Portugal em 2015 e se alastrou entretanto a Espanha, continuará.
Esses dois partidos custram ao pais 3.200.000.000 euros que foram metidos na TAP porque essa esquerda extremista exigiu que a privatização fosse revertida para dar apoio à ambição de Costa de governar a qualquer custo . parece que todos nos equecemos disso. Agora depois de gasto o dinheiro vamos vender mesma TAP que ja estava vendida por uma infima fração dessa verba.
«…Desde um extremo ao outro do espectro partidário português, estes partidos são todos iguais no seu conservadorismo de regime. Fingem se combater uns aos outros, só para enganar os Portugueses mais distraídos.
Porém, estão alinhados, todos e ainda que em estilos diversificados, sob as mesmas batutas que controlam a imposição do sistema político-constitucional ainda vigente…» – Alberto João Jardim in «A Tomada da Bastilha»
O problema Está No maldito curso de direito, Eles aprendem logo na Faculdade que a mentira é privilegiada, ela salva os corruptos e massacra os inocentes,
Na assembleia da Republica a maioria dos deputados são formados em direito, fazem leis em seu favor.
Nos tribunais os Juízes preferem condenar inocentes ( não têm poder) que condenar Corruptos ( Com poder ) tem medo das retaliações-
O Sr. Presidente da Republica diz que está tudo bem sabendo que muita coisa está mal.
Os escritórios de advogados Ligados a grandes empresas Roubam o estado.
Os pequenos Advogados ajudam a formar a mentira nos Tribunais Pra os Sr. Juízes a aprovarem.
O Putin é formado em Direito.
Estamos entregues a Bicharada que abusa do poder. Maldito curso de Direito
Será que se escreve torto indo a direito?!