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‘Não te dispas na Net’. Esquema de chantagem sexual faz 300 vítimas em Portugal

A Polícia Judiciária deteve cinco suspeitos por extorsão de milhares de euros, através de chantagens sexuais.

De acordo com a edição desta quinta-feira do Correio da Manhã, nos últimos três anos, em Portugal, 300 pessoas foram vítimas de chantagem sexual.

Uma rede composta por três homens e duas mulheres, entre os 30 e os 70 anos, de nacionalidade brasileira, foi detida esta quarta-feira pela Polícia Judiciária (PJ), depois de suspeitas de extorsão de milhares de euros, através deste esquema.

A PJ fez 20 buscas em Lisboa e no Porto, no âmbito da operação ‘Não te dispas na Net’, da Unidade Nacional de Combate ao Cibercrime (UNC3T), que investiga este tipo de crimes.

“Esta investigação durava há um ano, e começou com duas queixas que levaram à identificação dos suspeitos através do dinheiro pago pelas vítimas. No entanto, há três anos que a PJ recebe queixas, cerca de 300”, explicou, ao Correio da Manhã, Carla Costa, coordenadora da UNC3T.

Conta o CM que as vítimas eram seduzidas com conversas eróticas, acabando por enviar fotografias e vídeos explícitos, que depois eram usados para chantagem.

As imagens só seriam mantidos em sigilo em troca de dinheiro – que, segundo o matutino, variava entre os 200 euros e os 50 mil euros.

A maioria das vítimas eram homens da classe média alta, entre os 40 e os 50 anos.

“Nunca se sabe quem está do outro lado, não se pode confiar nas redes sociais, é preciso ter cuidado ao aceitar pedidos de amizade e, sobretudo, não partilhar conteúdos íntimos na Internet, daí o nome desta operação”, explicou Carla Costa.

“A partir do momento em que a imagem é partilhada, perde-se o controlo”, advertiu.

A coordenadora da UNC3T deixou ainda alguns conselhos: “Não paguem, façam queixa. Pagar a chantagistas nada resolve. Só serve até para que haja mais extorsões. É um procedimento criminal que carece de queixa”, diz a responsável.

Carla Costa disse ainda ter “haver vítimas que foram contactadas telefonicamente por falsos polícias, que exigiam pagamentos, inventando que o lesado tinha enviado imagens eróticas a menores”.

ZAP //

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