Espancamentos, roubos e sodomia na guerra entre claques do Benfica e Sporting

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Miguel A. Lopes / Lusa

Em causa estão agressões e tráfico de droga entre antigos membros da Juventude Leonina e dos No Name Boys, que abandonaram as claques quando estas se tornaram menos tolerantes à violência.

A megaoperação da PSP desta quarta-feira, que culminou com a detenção de 30 elementos de claques do Benfica e do Sporting (29 com mandado e um apanhado em flagrante com uma metralhadora), baseou-se em suspeitas de vários crimes que terão ocorrido no âmbito de uma guerra entre os adeptos.

Os detidos são quase todos antigos membros da Juventude Leonina e dos No Name Boys e oscilam entre os 18 e os 47 anos. Foram ainda apreendidas três armas de fogo, 755 munições, armas brancas, armas artesanais, material pirotécnico e 13 artefactos de sinalização marítima.

Para além dos casos de violência, há agora suspeitas de crimes de tráfico de droga devido à apreensão de 5840 doses de haxixe e 1016 doses de heroína durante as buscas em Almada, Lisboa, Seixal e Sesimbra.

A investigação começou em abril, após dois roubos de grande violência em Alvalade e na Luz. O roubo no estádio do Benfica deu-se entre adeptos encarnados, tendo um grupo de sete levado a vítima para um local isolado onde a agrediram e alegadamente até a sodomizaram com um bastão, relata o Correio da Manhã.

Os casos de violência não se limitam apenas a adeptos de futebol e estendem-se a outras modalidades. Um exemplo disso foram os confrontos no dérbi de hóquei em patins em Junho, quando a PSP teve de disparar para pôr fim às agressões entre os adeptos. Foram detidas quatro pessoas e um agente ficou ferido. A confusão começou quando cerca de 30 adeptos “casuals” do Sporting tentaram entrar sem bilhete.

Os conflitos entre os adeptos terão surgido por discordarem da abordagem menos tolerante à violência e aos roubos que as chefias das claques impuseram, decidindo assim sair e tornar-se “casuals”.

A Unidade Metropolitana de Informações Desportivas terá fichas sobre 130 dstes adeptos, sendo 80 ligados ao Benfica e 50 ligados ao Sporting. Já há sete anos que os casuals do Sporting são acompanhados, sendo geralmente de classe média-alta e empregados, havendo também suspeitas de ligações a grupos de extrema-direita.

Já os “casuals” do Benfica estão a ser acompanhados desde 2020, quando um grupo grande saiu dos No Name Boys. O perfil do membros já é diferente: são mais velhos, muitos estão desempregados e normalmente têm cadastro.

ZAP //

3 Comments

  1. Espero que este rufias inúteis sofram um castigo exemplar. Não se pode deixar esta gente medrar, senão qualquer dia ir ao futebol será uma actividade de risco.

  2. Mais uma vez Viva o Futibolas , que é e será sempre ocasião para a escória da Sociedade fazer falar dela ! …. solução ; pontapés na bola a porta fechada !

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