Uma espada com uma figura gravada, que pertenceu ao czar Alexandre III, foi vendida por 244.700 euros, encerrando o leilão da coleção de peças relacionadas com a história napoleónica, do príncipe Luís II do Mónaco.
Desta mesma coleção, no passado dia 16 de novembro foi arrematado um chapéu do imperador Napoleão por mais de 1.884.000 euros.
O chapéu armado “de forma tradicional, em feltro referido como de castor preto”, e que foi usado pelo imperador Napoleão, foi arrematado por Lee Tae Kyun, um dos dirigentes do grupo alimentar sul-coreano Harim.
A espada de Alexandre III (1845-1894) é totalmente em filigrana de prata, com o punho em latão dourado, e foi uma oferta do soberano à princesa Yourievskaia, sua segunda mulher.
A coleção de cerca de mil peças, relacionadas com a história de Napoleão Bonaparte, foi constituída por Luís II (1870-1949), bisavô de Alberto III, atual soberano do Principado do Mónaco.
Entre os lotes arrematados figura uma águia em bronze de um estandarte, um modelo de 1804, por 109.500 euros.
Um par de pistolas, que pertenceu ao príncipe Eugénio de Beauharnais (1781-1824), que foi vice-rei de Itália, príncipe de Veneza, grão-duque de Frankfurt, duque de Leuchtenberg e príncipe de Eichstatt, foi adquirido por 35.000 euros.
Os manuscritos desta coleção, segundo a agência noticiosa francesa, geraram um verdadeiro entusiasmo; uma carta de Napoleão sobre a guerra contra a Inglaterra, dirigida ao ministro da Guerra, Louis-Alexandre Berthier, datada de 18 de junho de 1803, foi arrematada por 19.600 euros, quase dez vezes mais que a estimativa original.
Outra missiva do imperador, dirigida ao general Honoré Théodore Maxime Cazan, felicitando-o pelas suas façanhas na campanha de Austerlitz, foi adquirida por 49.700 euros.
Uma panela em cobre do serviço de campanha do Imperador e que foi também do rei Luís XVIII (1755-1824), foi adquirida por 19.300 euros.
Por 18.000 euros foi arrematado um trajo constituído por um vestido branco, par de meias de tecido, um par de botas e um manto branco de linho, que pertenceu ao filho do imperador, o Rei de Roma, Francisco Carlos José Bonaparte, que nasceu em 1815 e viveu apenas 37 dias.
ZAP / Lusa