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Ensino Superior: Um décimo dos candidatos não conseguiu lugar na primeira fase

Marcos Santos / USP Imagens

Mais de 10% dos candidatos à primeira fase do concurso nacional de acesso ao ensino superior não conseguiram entrar numa instituição pública.

Segundo dados divulgados este domingo pela Direção-Geral do Ensino Superior (DGES), mais de 10% dos candidatos à primeira fase do concurso nacional de acesso ao ensino superior não conseguiram entrar numa instituição pública, com 43.992 colocados entre 49.362 alunos.

Os 89,1% representam, ainda assim, uma maior percentagem de colocações na primeira fase tendo em conta o concurso nacional de acesso de 2017, quando pouco mais de 85% conseguiram colocação.

No entanto, este ano, o número de candidatos é 5,6% inferior ao total de 2017, sendo também o mais baixo desde 2015, quando se candidataram 48.271 estudantes, mesmo com o número de alunos que concluem o ensino secundário, independentemente da via de ensino escolhida, a aumentar desde 2013-2014.

Para as próximas fases de acesso ao ensino superior, sobraram este ano 7.290 vagas, mais do que os 6.225 lugares que restaram em 2017.

Entre os candidatos admitidos, cerca de 88% conseguiram uma colocação nas três primeiras opções, com mais de metade (54,7%) a entrar no curso da sua preferência, o que representa um aumento de candidatos colocados em primeira opção de 5,7% face a 2017.

Segundo as estimativas do Governo, o ensino superior público deve, este ano, acolher 73.341 novos estudantes em formações conferentes de grau académico, tendo em conta todas as formas de ingresso, sendo que o concurso nacional de acesso deve vir a ser responsável por cerca de 45 mil novas matrículas.

Quanto aos cursos técnicos superiores profissionais (TESP), ministrados pelos institutos politécnicos, devem registar um aumento do número de inscritos para os 7.719, segundo as previsões da tutela, que destaca o crescimento de 13% face ao ano anterior.

Ainda sobre os TESP, o Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior refere que cerca de 38% têm origem no ensino secundário profissional, 21% do ensino secundário científico-humanístico e 28% em outras modalidades de ensino secundário, acrescentando que as principais áreas de formação nestes cursos superiores curtos, não conferentes de grau académico, são as Ciências e Tecnologias de Informação, Eletrónica e Automação, Comércio e Administração, Turismo e Hospitalidade, Metalurgia e Metalomecânica.

Em relação a áreas de formação consideradas prioritárias pela tutela, e para as quais houve um aumento do total de vagas disponíveis nos últimos anos, como Física ou Tecnologias de informação, Comunicação e Eletrónica (TICE), houve um aumento de 4,5% no total de colocados em Física e um decréscimo de 2% em TICE face ao ano anterior.

Também em crescendo está o contingente de estudantes internacionais em Portugal, que este ano letivo deve aumentar 22%, com destaque para as universidades de Coimbra, Minho, Porto, Lisboa e para o Politécnico de Bragança, as instituições que mais alunos estrangeiros preveem acolher em 2018-2019.

“As estimativas mostram que o total de novos estudantes estrangeiros ao abrigo do Estatuto de Estudante Internacional que se prevê iniciarem estudos em Portugal aumenta de 4.521 em 2017 para 5.540”, lê-se num documento da tutela.

Os resultados da primeira fase do concurso nacional de acesso ao ensino superior foram divulgados pela DGES, no seu portal, ficando ainda disponíveis para consulta pelos alunos através da aplicação para telemóvel ES Acesso.

As candidaturas à segunda fase do concurso nacional de acesso decorrem entre 10 e 21 de setembro, para a qual ficam disponíveis as vagas sobrantes da primeira fase, as vagas da primeira fase para as quais não se tenha concretizado a matrícula dos alunos colocados e as vagas da primeira fase libertadas por alunos que tentem outra colocação na segunda.

Os resultados da segunda fase do concurso são divulgados a 27 de setembro.

// Lusa

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