Enfermeiros em greve na primeira semana de novembro

Rodrigo Antunes / Lusa

Os sindicatos dos enfermeiros marcaram uma greve para a primeira semana de novembro e uma concentração no dia 28 deste mês em frente à Assembleia da República.

A decisão foi tomada por todos os sindicatos que representam os enfermeiros numa reunião que teve início na tarde de segunda-feira e terminou hoje de madrugada, disse à Lusa o presidente do Sindicato dos Enfermeiros, Pedro Costa.

A concentração de enfermeiros e de todos os sindicatos, em frente à Assembleia da República, visa reivindicar os direitos dos enfermeiros, com a entrega da petição: “Enfermeiros reclamam descongelamento da carreira e avaliação de desempenho igual aos enfermeiros da Região Autónoma da Madeira”.

Apesar das medidas anunciadas, Pedro Costa afirmou que não se esgotou “a capacidade de diálogo” entre os sindicatos e o Governo.

“Por isso, decretou-se uma paralisação nacional para a primeira semana de novembro, que queremos anunciar na sexta-feira. De alguma forma damos aqui algum tempo ao Governo para se poder pronunciar”, adiantou.

O dirigente sindical sublinhou que “a greve tem sempre uma dupla responsabilidade”: “responder às justas reivindicações dos enfermeiros, mas ao mesmo tempo valorizar o acesso aos cuidados de saúde por parte da população”.

Por isso, é que os sindicatos dos enfermeiros não vão neste momento “encetar uma medida mais gravosa ou uma ação mais musculada que coloque a população em perigo”. “Nós neste momento não estamos a valorizar o valor humano” do SNS, o que impede a recuperação do sistema nacional de saúde, disse à Lusa.

As medidas anunciadas pelos sindicatos surgem no seguimento da falta de resposta a um documento reivindicativo entregue ao Ministério da Saúde em 21 de setembro pelos sete sindicatos.

Algumas exigências incluídas no documento incluem “a contratação dos enfermeiros que estão em situação precária”, uma “avaliação de desempenho adequada à profissão”, a “correção dos problemas relativos à contagem de pontos” e “condições iguais para enfermeiros com contratos individuais de trabalho e contratos em funções públicas”.

Estiverem presentes na reunião as sete estruturas representantes da classe, nomeadamente o Sindicato dos Enfermeiros, O Sindicatos do Enfermeiros Portugueses, o Sindicato dos Enfermeiros da Região Autónoma da Madeira, Sindicato Democrático dos Enfermeiros de Portugal, Sindicato Independente Profissionais de Enfermagem e Sindicato Independente de Todos os Enfermeiros Unidos.

// Lusa

Siga o ZAP no Whatsapp

Deixe o seu comentário

Your email address will not be published.