Já sabemos de onde vem a poderosa energia dos raios cósmicos

ZAP // NightCafe Studio

Um novo estudo avança que a fonte da energia dos raios cósmicos é a turbulência magnética.

Os raios cósmicos de ultra-alta energia, que emergem em ambientes astrofísicos extremos (nomeadamente perto de buracos negros e estrelas de neutrões), têm muito mais energia do que as partículas energéticas que emergem do Sol.

Na verdade, as partículas que compõem estes fortíssimos fluxos de energia têm cerca de 10 milhões de vezes a energia das partículas aceleradas no ambiente de mais extremo da Terra, o Large Hadron Collider.

Mas de onde vem toda esta energia, afinal? Durante muito tempo, os investigadores acreditaram que era proveniente de choques que acontecem neste tipo de ambiente, como a explosão de uma estrela antes de formar um buraco negro, por exemplo.

Embora plausível, uma nova investigação sugere um mecanismo diferente. Segundo o EurekAlert, a fonte da energia dos raios cósmicos é, muito provavelmente, turbulência magnética.

Os autores do artigo científico, publicado recentemente no The Astrophysical Journal Letters, descobriram que os campos magnéticos nestes ambientes se entrelaçam e giram, acelerando as partículas e aumentando drasticamente a sua energia até haver um corte abrupto.

“Esta descoberta ajuda a resolver questões persistentes que são de grande interesse tanto para astrofísicos quanto para físicos de partículas sobre como é que estes raios cósmicos obtêm a sua energia”, sublinhou Luca Comisso, cientista do Laboratório de Astrofísica de Columbia.

Este novo estudo complementa uma pesquisa anterior, publicada no ano passado, sobre as partículas energéticas do Sol. Nela, os cientistas descobriram que estas partículas emergem de campos magnéticos na coroa solar.

Os raios cósmicos de ultra-alta energia são muito mais poderosos do que as partículas energéticas da nossa estrela, na medida em que podem atingir até 1020  elétron-volts, enquanto as partículas do Sol podem atingir até 1010 elétron-volts.

“É muito interessante que estes dois ambientes extremamente diferentes partilhem algo em comum: os seus campos magnéticos são altamente entrelaçados e essa natureza emaranhada é determinante para energizar partículas”, colmatou Comisso.

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