Investigadores de Yale e da Universidade de Rhode Island (URI) descobriram um novo tratamento molecular para o cancro que pode ser usado em células cancerosas e erradicar tumores em ratos.
Até agora, a investigação tem tido resultados excecionalmente importantes, e mesmo uma única dose foi suficiente para destruir alguns dos tumores mais avançados.
O novo tratamento molecular do cancro depende de uma molécula específica, que pode procurar os ambientes ácidos que rodeiam as células cancerosas.
Mas, para que as células sejam suficientemente ácidas, não podem ser tumores “frios”, que têm pouca atividade imunitária.
É aqui que entram em jogo as drogas conhecidas como agonistas STING. Estes disparam os tumores, permitindo que o sistema imunitário lhes responda.
No entanto, encontrar células cancerosas “frias” pode ser difícil. É aqui que entra em jogo o novo tratamento molecular do cancro.
Os investigadores publicaram um estudo sobre a molécula na Frontiers of Oncology, a 18 de outubro. De acordo com esse estudo, a molécula chama-se peptídeo de baixa inserção de pH (pHLIP), e é atraída para ambientes ácidos.
Ao utilizar a molécula para guiar o medicamento até aos tumores e células cancerígenas, ela é capaz de os expulsar da gama de tumores “frios” e fazer com que o sistema imunitário “lute” contra eles.
Depois, podem usar inibidores do ponto de controlo imunitário para remover eficazmente os travões naturais que impedem o sistema imunitário de lutar com demasiada força. Este tratamento molecular do cancro permite ao sistema imunitário combater o cancro por períodos mais longos.
É um sistema duplo que basicamente permitiu que os investigadores guiassem os medicamentos exatamente para onde precisavam de ir. Nos últimos anos, temos visto aparecer cada vez mais opções direcionadas, como este novo tratamento do cancro molecular,, segundo avança a BGR.
Um vírus que visa as células cancerosas também tem sido investigado, e temos visto até cientistas a testar um gel que mata o cancro de pele.
Neste novo estudo, os investigadores verificaram que, após uma única injeção, 18 dos 20 ratos viram os seus tumores desaparecer completamente em poucos dias. Num outro grupo com tumores maiores, viram os tumores desaparecerem em sete dos 10 ratos que receberam o tratamento.