Quatro em cada dez empresários portugueses também estão contra o “dever de se abster de contactar o trabalhador no período de descanso”, revela inquérito realizado pela AEP.
O inquérito realizado pela Associação Empresarial de Portugal (AEP) no início do mês, revela que mais de metade das empresas (62%) posiciona-se contra o pagamento obrigatório de despesas com o teletrabalho, nomeadamente energia e internet.
“As pessoas que estão em teletrabalho deixam de ter algumas despesas que teriam em regime presencial. Deixam de ter deslocações, eventualmente de fazer refeições fora, entre outras”, argumenta Luís Miguel Ribeiro, presidente da AEP.
Sobre o pagamento de despesas domésticas, o dirigente associativo também de que forma se podem calcular o aumento do custo da eletricidade e da energia, acrescentando que o mais correto é fazer as contas e pesar quanto é que o trabalhador gastava a deslocar-se para o local de trabalho e qual a poupança que obtém por estar em casa, refere o ECO.
O inquérito mostra ainda que quase quatro em cada dez empresas estão contra o “dever do empregador se abster de contactar o trabalhador no período de descanso, ressalvando as situações de força maior”. Já 23% discorda totalmente e 14% “apenas” discorda.
Por outro lado, 78% das empresas discorda ainda do alargamento do teletrabalho, sem acordo do empregador, a pais com filhos até oito anos.
Em relação ao teletrabalho, a grande maioria das empresas incluídas na amostra não adotou este regime. Quase metade das empresas inquiridas (46%) está a laborar em regime maioritariamente presencial. Sendo que apenas uma em cada seis empresas não se encontram em regime de trabalho total ou maioritariamente presencial.