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30% dos empregos em risco de desaparecer por causa da IA em Portugal. Eis os mais vulneráveis

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“Temos uma proporção bastante grande de pessoas muito expostas”. Estudo pioneiro analisou 120 profissões: as que estão em colapso, no terreno dos humanos, no terreno das máquinas e as profissões em ascensão.

O crescimento da da inteligência artificial (IA) e da automação coloca de momento cerca de 30% dos empregos do setor privado em risco de desaparecer.

As conclusões são do novo estudo da Fundação Francisco Manuel dos Santos (FFMS) — o primeiro que aborda os impactos da digitalização, IA e automatização em todo o mercado de trabalho no país.

“Temos uma proporção bastante grande de pessoas muito expostas”, admite um dos autores do estudo à RTP.

Portugal “não tem um grande nível de adoção de tecnologia” e “as qualificações no país continuam a ser mais baixas do que muitos países, apesar de terem vindo a crescer muitas”, diz Hugo Castro Silva.

As profissões mais vulneráveis

As profissões mais vulneráveis incluem trabalhadores de vendas, empregados de mesa, operadores de caixa, cozinheiros e operadores de máquinas.

Estas ocupações, que representavam 28,8% do emprego no setor privado em 2021, têm “elevado grau de exposição a tecnologias que substituem o trabalho humano”, diz Castro Silva. Podem desaparecer por completo ou transformar-se ao ponto de exigirem muito menos intervenção humana.

Das profissões em colapso às profissões em ascensão

O estudo analisou 120 profissões, agrupando-as em quatro categorias: profissões em colapso, terreno dos humanos, terreno das máquinas e profissões em ascensão.

A categoria das profissões em colapso inclui aquelas que, devido aos avanços tecnológicos, correm sério risco de se tornarem obsoletas. Exemplo disso são os 170 mil trabalhadores de vendas, os 114 mil em profissões elementares e os 82 mil empregados de mesa e bar – juntos, mais de 11% do total de emprego no sector privado.

Uma característica comum a estas profissões é a baixa qualificação dos trabalhadores e os salários reduzidos, em média inferiores a 830 euros mensais. Mas há esperança: com programas de requalificação, muitos destes profissionais poderão transitar para ocupações mais resilientes, situadas no chamado “terreno dos humanos”.

No extremo oposto encontram-se as profissões em ascensão, que representam 22,5% do emprego e estão não só protegidas dos impactos negativos da automação como também posicionadas para beneficiar dos ganhos de produtividade associados à inteligência artificial.

São os analistas e programadores, especialistas em finanças, professores, profissionais de saúde, especialistas em vendas e marketing e matemáticos. Têm níveis elevados de qualificação – 63,4% tem ensino superior – e auferem salários médios de cerca de 1987 euros mensais.

As profissões concentradas no “terreno dos humanos” representam 35,7% do emprego e caracterizam-se por uma baixa exposição quer aos efeitos destrutivos, quer aos efeitos transformativos da digitalização.

São estes o pessoal de limpeza, motoristas, trabalhadores da construção, profissionais de saúde e segurança, por exemplo. Muitas destas profissões têm características próximas das que se encontram em colapso, alerta o estudo.

Já o “terreno das máquinas”, que abrange apenas 12,9% do emprego, encontra-se numa encruzilhada. É composto pelos empregados de escritório, de armazém ou de receção, que enfrentam tanto um elevado potencial de automação como poucas oportunidades de adaptação. Mas a tendência aponta para uma diminuição progressiva destes postos de trabalho.

Lisboa deverá sair mais beneficiada pela inovação. Braga, Aveiro e Viseu, com grande presença industrial, estão mais expostos.

Os autores propõem o investimento na requalificação dos trabalhadores mais vulneráveis, a reformulação dos currículos escolares para incluir competências digitais e analíticas, o reforço da protecção social no desemprego, a formação de empregadores e gestores para a transição digital e o incentivo à diversificação económica nas regiões do interior.

ZAP //

15 Comments

  1. Isso é mentira, o desemprego e a destruição do trabalho em Portugal deve-se aos Governos do dr. Pedro Coelho, dr. António Costa, e dr. Luís Esteves.

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    • Errado… a destruição do país se deve exclusivamente e unicamente ao José Socrates que levou Portugal á bancarrota, deixando o Passos Coelho com um navio naufragado e se afundando cada vez mais. Valeu-nos o Passos Coelho que pegou nesse navío naufragado, estragado e a afundar-se e o levou a bom Porto, a zarpar de novo rumo a térra firme em tempo recorde. Nem quero imaginar o que seria Portugal se o Passos Coelho não tivesse conseguido salvar o navio!!!!!

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      • Você está a mentir dr.ª Paula Maria, para todos aqueles que nasceram no Século XX até ao final da Década de 80 começava-se a trabalhar entre os 16 e os 18 anos (alguns até mais cedo), os homens ainda tinham que cumprir o Serviço Militar caso contrário teriam muita dificuldade em arranjar trabalho, e aos 23 anos, grande parte dos Portugueses já vivia sozinho ou constituía família.
        Era esta a realidade de Portugal até 2012 quando foi subvertida pelo XIXº Governo liberal/maçónico do dr. Pedro Coelho que provocou uma crise económica e social sem precedentes, tendo liderado o maior ataque à Classe-Média Portuguesa com o objectivo de a destruir.
        O Governo do dr. Pedro Coelho e o seu bando acabou com aquilo que restava do Estado Português (um dos pilares fundamentais de qualquer País), cometeu vários crimes de lesa-Pátria, destruiu e estagnou a economia e o trabalho em Portugal que já de si eram frágeis, impôs o sub-desenvolvimento, promoveu o desemprego que atingiu a cifra de cerca de 1 milhão de Portugueses desempregados, destruiu os Direitos Laborais e implementou a instabilidade laboral, provocou para além da crise económico-social e laboral uma crise na habitação com a ilegal, criminosa, e inconstitucional «lei das rendas», iniciou a deslocação de Estrangeiros para Portugal sem qualquer critério ou justificação, promoveu de forma dissimulada a ideologia «woke» (também conhecida por ideologia de género/lgbt) e a cultura do cancelamento.
        Portugal e os Portugueses sofrem há 14 anos as nefastas consequências das más políticas intencionais praticadas pelo Governo liberal/maçónico do dr. Pedro Coelho, que infelizmente tiveram continuidade nos Governos do dr. António Costa e dr. Luís Esteves.
        Os Portugueses devem fazer o seguinte exercício, olhem para trás e lembrem-se de como era/foi a vossa vida no Século XX desde a Década de 80 até 2011 (Século XXI), e comparem com a desgraça em que se transformou de 2012 até à presente data, graças às más políticas e má governação do Governo liderado pelo dr. Pedro Coelho e o seu bando.

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        • Carago tu tens um caso de memoria selectiva grave!!! Culpas o coelho por todos os erros do PS1 e PS2… mas não falas uma vez no teu grande amigo e simpatico líder socrático! Hahaha

          Devias ir ao medico isso parece um caso muito grave!

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          • Não seja piegas, eu refresco-lhe a memória dr.ª Luisa15, quem mandou chamar a «Troika» foi o dr. Pedro Coelho, dr. Mário Soares, dr. Ricardo Salgado, dr. Carlos Santos Ferreira, dr. Faria de Oliveira, dr. Fernando Ulrich, dr. Nuno Amado, e dr. Carlos Costa (https://www.publico.pt/2015/09/10/politica/noticia/a-prova-dos-factos-afinal-quem-chamou-a-troika-em-2011-1707458), o Governo liderado pelo ex-Primeiro-Ministro, José Sousa, limitou-se a executar o pedido.
            Até hoje não se sabe qual foi a justificação e os critérios para pedir intervenção Estrangeira em Portugal através da «Troika», nem sequer uma auditoria foi feita.
            O seu raciocínio não tem lógica nenhuma, perante uma crise económica e em vez de resolver o problema e efectuar as reformas que o País precisava, o que fez o Governo do dr. Pedro Coelho e o seu bando? Provocou outra crise económico-social ainda maior, acabou com aquilo que restava do Estado Português (um dos pilares fundamentais de qualquer País), cometeu vários crimes de lesa-Pátria, destruiu e estagnou a economia e o trabalho em Portugal que já de si eram frágeis, impôs o sub-desenvolvimento, promoveu o desemprego que atingiu a cifra de cerca de 1 milhão de Portugueses desempregados, destruiu os Direitos Laborais e implementou a instabilidade laboral, provocou para além da crise económico-social e laboral uma crise na habitação com a ilegal, criminosa, e inconstitucional «lei das rendas», iniciou a deslocação de Estrangeiros para Portugal sem qualquer critério ou justificação, e promoveu de forma dissimulada a ideologia «woke» (também conhecida por ideologia de género/lgbt) e a cultura do cancelamento.

          • Afinal, quem chamou a troika em 2011?
            A troika, composta pelo FMI, BCE e Comissão Europeia, foi formalmente abordada, por carta, pelo Governo português a 6 de Abril de 2011. Nessa altura, o chefe do Executivo (demissionário) era José Sócrates, do PS

            Se o PS nao chamou a troika porque raio foi o primeiro a fazer contacto?? Lool
            Memória selectiva novamente …

        • Mais um “velho” que se está nas tintas para os crianças e jovens, e só quer saber da sua pensão e viver à custa do Estado! Só quando morrerem todos, este país terá futuro….

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          • O dr. Guilherme é mais um velho do Restelo, nós Portugueses estamos fartos do vosso situacionismo e parasitismo que prejudica Portugal e os Portugueses, felizmente o vosso regime encontra-se em fim de ciclo.

      • Os «…subsídios e pensões 3º mundistas…» é com o dr. Pedro Coelho e o seu bando, o Partido Socialistas e os seus aliados, é preciso comprar votos e continuar a viver acima das possibilidades roubando e mantendo a Classe-Média Portuguesa no desemprego, pobreza, e miséria.

  2. Olha que ia jurar que um dos trabalhos que iriam desaparecer seria da função publica! Tanta gente inútil que pode ser substituída por um robô mais inteligente e prestável e simpático! Provavelmente vai ser a grande revolução já que com tanta gente na função publica com atendimento fraco e lento e em alguns casos corrupto, o melhor mesmo é mudar!

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  3. Tudo errado
    É mais fácil a inteligência artificial substituir um motorista de entrega que um empregado de mesa ou cozinheiro
    Há profissões que têm que ter uma presença humana mesmo que seja possível a tarefa ser desempenhada por um robô

    • Estas te a basear num sentimento! E só por ai estas errado! Os primeiros trabalhos a desaparecer vai ser atendimento ao publico e vendas… e se não acreditas confirma o sistema publico de á 10 anos para cá, o sistema bancário, o SNS24 é um robo falante! Looool

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  4. Resposta à dr.ª Luisa15 (5 Abril, 2025 às 15:05): Você continua a mentir dr.ª Luísa15, selecciona e escreve o que lhe convém, não seja piegas, isso é a mesma conversa do dr. Pedro Coelho e o seu bando que roubaram os Portugueses para continuarem a viver acima das suas possibilidades.

  5. É evidente que mais Tecnologia , mas Automatização e mais Operações feitas via Web , suprimam postos de Trabalho Físicos de qualificação básica , que são a grande maioria en vários setores de atividade Comercial e Serviços Públicos . Desemprego e Pobreza serão o triste resultado da “Ganancia ” de Alguns !

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